por, Embrapa Semiárido
No semiárido, a palma tem sido plantada
nas propriedades para alimentar os rebanhos em épocas de secas prolongadas. Em
Pernambuco, que é o segundo maior produtor de leite do Nordeste, essa
forrageira é a base da alimentação do rebanho leiteiro. A presença em situações
agrícolas de importância econômica e social motivou a equipe de pesquisadores,
coordenada por Magna Soelma Beserra de Moura, da Embrapa Semiárido, a realizar
o zoneamento agroclimático da cultura no território pernambucano.
Foto: Embrapa Semiárido
Com base em estudos do regime de chuvas
e em indicadores de temperatura, os pesquisadores localizaram, em todo o
Estado, as áreas onde o plantio da palma é favorável ou, então, apresentam
limitações. As informações estão disponíveis na forma de mapa, que identifica
os níveis de aptidão das regiões para o cultivo: ideal, inadequada ou restrita.
Segundo Magna, o zoneamento reúne dados que ajudam no planejamento da expansão
dos plantios.
Para ela, delimitar geograficamente os
indicadores climáticos que mais influenciam a produção da espécie e associá-los
com as características culturais da forrageira (manejo de adubação, densidade
de plantios etc.), agrega um conjunto de informações que pode ajudar
agricultores, profissionais da assistência técnica e instituições de fomento ao
crédito rural investirem ou financiarem a implantação da palma.
Pernambuco tem cultivado cerca de
127.152 ha, dos 500.000 hectares plantados com palma no Brasil. Essa extensão
abrange terras situadas nas regiões de agreste e sertão do Estado. As condições
climáticas mais amenas e a alternância de variação entre as temperaturas
noturnas e diurnas tornam o agreste uma área mais favorável à obtenção de
melhores produções da forrageira.
O zoneamento reúne informações que
visam à diminuição dos riscos de perdas e ao aumento da produtividade. Por ele,
em cerca de 42,3% dos municípios pernambucanos as condições para o cultivo da
palma são adequadas. Neles, a temperatura média e a precipitação ideais
situam-se entre 16,1º C e 25,4º C, e de 368 e 812 mm, respectivamente.
Em outros 54,4% dos municípios,
temperaturas médias mais baixas que 16,1º C e maiores que 25,4º C, e
precipitações mais intensas, acima de 812 mm até 1089 mm, limitam os níveis de
produtividade na cultura.
A palma é uma planta com elevado
potencial de produção de matéria seca por unidade de área. O objetivo da
realização do zoneamento agroclimático foi conhecer as áreas climaticamente
aptas ao cultivo, onde pode se esperar elevado rendimento da cultura.
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