terça-feira, 26 de março de 2013

Dilma entrega máquinas do PAC 2 e anuncia novas medidas para o Nordeste


A importância dos investimentos para combater os efeitos da seca, a pior dos últimos 50 anos, foi ressaltada pela presidenta Dilma Roussef, durante a inauguração do primeiro trecho do Sistema Adutor do Pajeú, nesta segunda-feira (25), em Serra Talhada (PE). Entre as medidas anunciadas pela presidenta estão a prorrogação do Seguro-Safra e do Bolsa Estiagem, R$ 3,1 bilhões em investimentos no estado, além da ampliação da entrega de máquinas pelo PAC 2 às prefeituras do Semiárido Nordestino.
“Além dos investimentos em infraestrutura, é importante destinar aos prefeitos um trio: caminhão-caçamba, motoniveladora e retroescavadeira. Além disso, vamos estender para os municípios do semiárido que tenham mais de 50 mil habitantes, a entrega desses equipamentos”, adiantou a presidenta ao comentar que o volume de investimentos em Pernambuco, somando as verbas de financiamento, do Orçamento Geral da União e das estatais, chega a R$ 60 bilhões.
“Vamos entregar mais 79 equipamentos até julho para as prefeituras, além dessas 22 retroescavadeiras, totalizando147 municípios pernambucanos beneficiados desde o início da ação em 2010”, salientou o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, durante a entrega dos equipamentos aos prefeitos pernambucanos.  A iniciativa, conforme antecipou o ministro, permite que os prefeitos possam cuidar bem das estradas vicinais, por onde passam os ônibus escolares e a produção agrícola – uma vez que 98% dos estabelecimentos agrícolas presentes no estado são da agricultura familiar. 
Participaram também da solenidade os ministros Miriam Belchior (Planejamento, Orçamento e Gestão), Helena Chagas (Secom), Fernando Bezerra (Integração Social), General-de-Exército José Elito Carvalho Siqueira (Gabinete Institucional de Segurança da Presidência da República).

terça-feira, 5 de março de 2013

Trator movido à banha é atração na Expodireto.









Lanz Bulldog foi construído na década de 30, época de escassez de combustível na Europa
Um trator movido à lenha, construído na década de 1930, na Alemanha, estará em exposição na Expodireto Cotrijal, de 4 a 8 de março, em Não-Me-Toque. O octogenário e imponente veículo é uma das atrações da parcela Sucessão Rural, coordenada pela Emater/RS-Ascar. “Quando falamos em sucessão rural, nada melhor do que mostrar o passado”, disse o técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar, Celso Siebert.
Segundo o colecionador Klaus Pickert, de Carazinho, a máquina foi construída numa época que havia escassez de combustível na Europa. “Na Segunda Guerra Mundial, os alemães usavam banha de porco como combustível e o Lanz Bulldog funcionava dia e noite”, contou Pickert. O motorista precisava ter um pouquinho de paciência, pois o motor funcionava somente depois de aquecido por 15 minutos. O proprietário do trator, Jaime Carida, é de São Paulo.

domingo, 3 de março de 2013

Rodeio. Lute pelo fim dessa prática odiosa!

"Chegará o dia em que os homens verão o assassinato de um animal como agora vêem a morte de um ser humano." (Leonardo Da Vinci)


Técnicas simples melhoram a produção de caprinos no Semiárido



Fernanda Birolo
Técnicas simples melhoram a produção de caprinos no Semiárido
Pequenas mudanças de práticas na criação de caprinos podem apresentar bons resultados para os produtores do sertão do Nordeste. Um estudo realizado na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Petrolina (PE), mostra que a adoção de algumas técnicas simples permitem melhores desempenhos produtivos dos animais, o que implica em maior rentabilidade da atividade.
Os experimentos estão sendo conduzido pelo pesquisador da Embrapa Semiárido Tadeu Vinhas Voltolini e pelo médico veterinário Jair Campos Soares, mestrando em Ciência Animal pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). O foco do sistema de produção analisado é a alimentação e o manejo dos animais.
Tradicionalmente na região, a criação de caprinos é praticada de forma extensiva, com a alimentação baseada exclusivamente na vegetação nativa da Caatinga. Segundo os pesquisadores, esta base alimentar é insuficiente tanto em termos de quantidade quanto de qualidade, e a perda de peso provocada especialmente no período da seca compromete o desempenho reprodutivo das fêmeas e o peso das suas crias.
Já no sistema de criação proposto na pesquisa, utiliza-se uma combinação da vegetação nativa e reserva de forragens. “Quando está verde, criamos o rebanho na Caatinga – sem exceder a quantidade de animais alimentados com essa vegetação –, e quando está seco usamos outras estratégias para a alimentação, como a palma, o capim bufel, a pornunça, a maniçoba e a melancia forrageira, a maioria sendo conservada na forma de feno e silagem ”, explica Tadeu Voltolini.
Quanto ao manejo dos animais, uma das principais técnicas adotadas é a estação de monta, em que os machos são mantidos separados do rebanho, e colocados junto às fêmeas somente no período programado para a reprodução. Dessa forma, o nascimento, o desmame e a engorda dos animais podem ser planejados, dando atenção a cada uma dessas atividades - o que representa melhor manejo dos animais em associação com a otimização da mão-de-obra da propriedade.
De acordo com Jair Soares, nesse sistema de produção, o índice de mortalidade das crias foi de apenas 5%, número considerado baixo quando comparado ao sistema tradicional de criação extensiva, que chega a ser superior a 30%. Além disso, a fertilidade das fêmeas alcançou 75%, valor bastante superior ao normalmente encontrado na região. “Com uma alimentação e manejo adequados, a eficiência reprodutiva dos animais aumenta”, explica o veterinário.
Para o pesquisador Tadeu Voltolini, esses são resultados que vão levar a propriedade a ter um melhor retorno econômico. Os dados da pesquisa foram obtidos no ano de 2012, marcado pela maior estiagem das últimas décadas no Nordeste. “Isso mostra que mesmo em um período de seca, técnicas simples fazem grande diferença em um sistema de produção”, avalia.

Contatos:
Tadeu Vinhas Voltolini – pesquisador
tadeu.voltolini@embrapa.br

Fernanda Birolo - Jornalista (MTb/AC 81)
fernanda.birolo@embrapa.br

Marcelino Ribeiro - Jornalista (MTb/BA 1127)
marcelino.ribeiro@embrapa.br

(87) 3866-3734

sábado, 2 de março de 2013

Máquinas do PAC 2 vão amenizar a seca e reformar estradas paraibanas.


Estradas que levam alimentos da agricultura familiar à mesa dos brasileiros serão reformadas na Paraíba com máquinas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). O estado vai receber da presidenta da República, Dilma Rousseff, e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, 22 retroescavadeiras em cerimônia a partir das 10h desta segunda-feira (4), em João Pessoa. Cada unidade irá para um município diferente dos territórios da cidadania Zona da Mata Sul, Cariri Ocidental, Curimataú e Borborema.


Na aquisição dos equipamentos, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) investiu R$ 3,8 milhões que vão beneficiar 121 mil paraibanos que vivem no campo. Destes, 19 mil são agricultores familiares, que poderão ampliar mercados e aumentar a renda, levando produtos das zonas rurais para o meio urbano pelas novas estradas vicinais.

Esta é segunda vez que a Paraíba recebe retroescavadeiras do PAC 2. Em 2012, 42 municípios receberam máquinas do programa, em um investimento de R$ 7,3 milhões. Com a nova doação, já somam 57 mil agricultores familiares paraibanos, dentro dos mais de 330 mil habitantes da zona rural beneficiados. Ainda em 2013, mais 148 equipamentos serão entregues no estado. No total, a Paraíba contará com a doação de 212 retroescavadeiras entre 2012 e 2013.

“As entregas do PAC 2 têm papel fundamental no incremento do processo produtivo da agricultura familiar paraibana. Esses equipamentos servirão não apenas para a abertura de estradas vicinais, como, também, para escavação de barreiros”, adianta a delegada federal do MDA na Paraíba, Giucélia Figueiredo. Com capacidade para armazenar até oito mil litros de água, os barreiros poderão saciar a sede de pessoas e animais, além de funcionar para pequenas irrigações, amenizando os efeitos da estiagem.

Transformações no meio rural
Com mais de sete mil habitantes vivendo no campo, o município de Solânea aguarda com grande expectativa a chegada da máquina. O prefeito Beto do Brasil irá à cerimônia de entrega buscar as chaves do equipamento “É um tesouro para a nossa cidade, não só eu como toda a população está ansiosa por este presente. Sem a doação, o município não teria condições de custear um equipamento como esse, que vai transformar a realidade da zona rural”, comemora.

A maior modificação proporcionada pela retroescavadeira será no enfrentamento da estiagem. “A construção e recuperação de barreiras será constante com a ajuda da máquina. Isso é essencial para as famílias beneficiadas”, afirma o prefeito. “A falta de água é o grande problema que afeta o município. É uma condição histórica, mas desde que nasci nunca vi seca tão grande quanto essa”, conta.

Para adquirir as máquinas, os municípios devem ter até 50 mil habitantes. Fazer parte de um dos Territórios da Cidadania, possuir maior extensão territorial e maior presença de agricultores familiares em relação ao total dos produtores rurais registrados também são critérios que fazem o diferencial no programa.

Confira lista de municípios contemplados:

Alagoa Grande
Alhandra
Araçagi
Barra de Santa Rosa
Belém
Conde
Lagoa Seca
Sertãozinho
Solânea
Soledade
Tacima
Aguiar
Coremas
Ibiara
Juazeirinho
Poço Dantas
Pombal
Santa Cruz
Santana dos Garrotes
Joca Claudino
São José de Piranhas
São Sebastião do Umbuzeiro

Serviço:
Entrega de 22 retroescavadeiras em João Pessoa (Paraíba)
Data: 4 de março
Horário: 10h
Local: Condomínio Residencial Jardim Veneza – Rua José Dantas de Almeida, s/n, Conjunto Vieira Diniz.
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Pepe aprova lançamento de linha de crédito para agricultor familiar pelo Banco do Nordeste.



Pepe aprova lançamento de linha de crédito para agricultor familiar pelo Banco do Nordeste.

O programa de microcrédito rural Agroamigo vai custear operações de até R$ 15 mil. Com o nome de Agroamigo Mais, a ampliação do Programa de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) foi apresentada no Encontro de Coordenadores do Banco do Nordeste (BNB) na manhã desta sexta-feira (1º), em Fortaleza (CE).
Presente no encontro, o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, apresentou aos presentes as políticas do ministério, além de elogiar a atuação da instituição bancária na operacionalização da nova linha de crédito - inicialmente voltada a agricultores familiares com faixa de renda que se enquadram no Pronaf B. “O BNB é o nosso grande parceiro na execução do Pronaf B, no Nordeste. E, o trabalho dos assessores de microcrédito do Agroamigo é fundamental, para que mais agricultores tenham acesso a estes recursos”, afirmou.
Pepe lembrou que 93% das operações do Pronaf B são executadas pelo BNB. Em sete anos de atuação, o Agroamigo realizou cerca de 1,9 milhão de operações de crédito e investiu mais de R$ 3,4 bilhões na economia regional. O programa adota um método que alia viabilidade produtiva com educação financeira e conscientização ambiental dos agricultores familiares. Para o ministro Pepe Vargas, esta forma de trabalho é fundamental para o processo de inclusão produtiva, ampliação de renda e pela melhoria da qualidade de vida das famílias de agricultores familiares.
O ministro também abordou as medidas para o enfrentamento aos efeitos da seca na região, considerada uma das piores dos últimos 40 anos, ao salientar ações do governo federal. Pepe destacou o Garantia- Safra, a construção de cisternas, a criação de uma linha de crédito emergencial, além da prorrogação dos contratos de custeio e investimento como algumas das medidas adotadas.
Ao mencionar a música considerada o hino do Nordeste, Asa Branca, cantada a quatro vozes na abertura do evento pelo coral do BNB, Pepe Vargas comparou o Brasil de décadas passadas com o País em que vivemos atualmente. “Graças a estas medidas não vemos mais aquelas imagens de retirantes, de pessoas morrendo de fome e, até mesmo, praticando algumas atitudes desesperadas como saques. O que precisamos melhorar é a questão da água e da alimentação para os animais”, ponderou.
Ao fim da apresentação, o ministro agradeceu a todos os assessores de microcrédito pela dedicação e pelo empenho em levar as políticas públicas para os agricultores familiares. “Este trabalho só é possível pelo amor com que cada um de vocês faz esse trabalho que é mais importante do que se pode imaginar”, reconheceu.
Agroamigo Mais para melhorar acesso à água
No evento, os agricultores Francisco Mathias Barbosa do Nascimento, de Quixeramobim, e Josefa da Luz dos Santos, de Milagres, assinaram contratos pela nova modalidade do Agroamigo. Ambos fizeram os financiamentos para melhorar o acesso à água para a produção.
Joseja planta tomate e buscou o financiamento para a perfuração de um poço artesiano para aumentar a produtividade. Já o agricultor da localidade de São Miguel, em Quixeramobim, está acessando o crédito pela primeira vez e vai investir na compra de um kit de irrigação para desenvolver a plantação de mamão e maracujá. O objetivo dos agricultores é comum: melhorar a renda familiar.
Para o presidente do Banco do Nordeste, Ary Joel Lanzarin, os objetivos dos agricultores e da instituição se complementam. “O nosso envolvimento é o grande diferencial para o sucesso do Pronaf e do Agroamigo”, definiu.  O diretor de Gestão e Desenvolvimento do BNB, Stelio Gama, apresentou dados que comprovam a eficiência do programa. Segundo ele, as famílias que acessam têm um aumento de até 40% na vendas da produção e de 19% no rebanho.
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