quarta-feira, 31 de julho de 2013

América Latina e Caribe discutem em Sobral tecnologias para combater a desertificação

por, DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra a Seca

[?]Sobral, no Ceará, vai sediar a 1ª Conferência Científica da Iniciativa Latinoamericana e Caribenha de Ciência e Tecnologia para Implementação da Segunda Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas sobre Combate à Desertificação (UNCCD), que será realizada de 28 a 30 de agosto. No evento, que tem como tema “O Valor das Terras Secas”, serão apresentados 63 trabalhos científicos de pesquisadores do Brasil, Argentina, Bolívia, Cuba, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Panamá, Peru e Venezuela.
Entre os temas centrais a Conferência discute o Estado de Desertificação, a Degradação do Solo e a Seca (DDTS), a Avaliação impactos socioeconômicos e culturais da DDTS e o Manejo Sustentável de Terras (MST). Em paralelo à programação científica, será oferecido um treinamento para jornalistas convidados dos países da América Latina e Caribe com visita de campo organizada pelo DNOCS. 
Raquel Pontes, do DNOCS, que coordena as atividades de campo, informa que as visitas têm por objetivo informar à imprensa e técnicos convidados sobre as boas práticas do combate à desertificação implantadas em Irauçuba pela Embrapa Caprinos, com objetivo de formar opinião e divulgar o exemplo. Faz parte da agenda a discussão das boas práticas do Ceará no semiárido, em mesa coordenada pelo Conselho de Política de Meio Ambiente (Compam), que reúne experiências exitosas no estado. 
Um das tecnologias a serem discutidas no evento é a da Policlay Nanotech, empresa incubada na Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec) que comercializa uma alternativa de menor custo para dessanilização da água. O produto, um tipo de argila, sequestra os sais (cálcio e magnésio) e torna apropriada ao consumo a água salobra. O tema foi indicado pelo Ministério da Integração Nacional.
O objetivo da Conferência é mapear o estado da arte do conhecimento científico existente na região sobre os temas da Convenção das Nações Unidas sobre Combate à Desertificação, assim como difundir este conhecimento na América Latina e Caribe. A desertificação é um problema de alcance global. Um terço das terras do mundo é considerada seca, e uma em cada cinco pessoas vivem em uma área afetada pela desertificação. 
As terras áridas representam aproximadamente de 25% da América Latina e Caribe (LAC) e concentram cerca de 28% da população (145 milhões de pessoas). Uma parte importante das terras secas da ALC é afetada pela desertificação. A combinação da pobreza econômica das pessoas que vivem nessas regiões com a escassez de água em regiões áridas é responsável pela pressão sobre os ecossistemas, levando à deterioração de uma forma mais acentuada e rápida. 

O reconhecimento da importância do problema em todo o mundo levou a comunidade internacional a negociar um instrumento jurídico internacional, a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD). O evento é realizado pela prefeitura de Sobral, Universidade Vale do Acaraú (UVA), Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece) e Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) com apoio de diversas instituições.

Embrapa lança cultivar de maracujá silvestre BRS Pérola do Cerrado


Foto: Allan Ramos

Diante de um auditório repleto de produtores e extensionistas rurais, foi lançada nessa sexta-feira (24), na Embrapa Cerrados (Planaltina, DF), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a primeira cultivar de maracujazeiro silvestre registrada e protegida no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a BRS Pérola do Cerrado.
O primeiro ciclo de seleção dessa variedade foi feito em 1994 e, após quase 20 anos de pesquisas, a Embrapa está agora disponibilizando a cultivar para a sociedade. “Selecionamos aquelas plantas que tinham maior produtividade, maior tamanho de fruto e maior nível de resistência a doenças. Ao longo desses anos de estudos, a produtividade da espécie foi triplicada e seu tamanho aumentado”, explicou o pesquisador da Embrapa Cerrados Fábio Faleiro.
“Para o desenvolvimento dessa tecnologia, foi necessário formar uma equipe multidisciplinar e estabelecer parcerias internas, com outras Unidades da Embrapa e externas, como é o caso da Emater-DF. A equipe conseguiu aglutinar pessoas para o desenvolvimento e a validação da tecnologia. Isso permitiu que o material chegasse hoje ao produtor”, destacou o chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Unidade, Claudio Karia, que participou da abertura da cerimônia ao lado da chefe-adjunta de Administração da Embrapa Produtos e Mercado, Mara Rocha, e do gerente da Emater-DF, Cleber Mendes.
Fábio Faleiro abordou o programa de melhoramento genético do maracujazeiro silvestre da Embrapa. “Esse maracujá não veio para competir com o azedo. É um fruto que veio para agregar valor ao sistema do produtor”, enfatizou. Ele destacou as características do fruto e seus múltiplos usos. Segundo o pesquisador, o grande diferencial de mercado dessa cultivar é que se trata de uma variedade com quádrupla aptidão: pode ser consumida in natura; é uma alternativa para o mercado de frutas especiais destinadas a indústrias de sucos, sorvetes e doces; possui potencial para paisagismo de grandes áreas por conta de suas belas flores brancas e sua ramificação densa; e, ainda, apresenta características funcionais: alto teor de fibras e de antioxidantes.
O pesquisador Nilton Junqueira apresentou dados referentes à evolução da cultura e produção do maracujá no Brasil, além de características específicas da BRS Pérola do Cerrado. Na década de 1960, o cultivo era apenas em quintais. “A importância comercial do maracujá começou na década de 1970 e desde 1995 o Brasil é o maior produtor mundial”. Atualmente, a produtividade de maracujá no Brasil é de 15 toneladas por hectare e do Distrito Federal, de 25,7 toneladas/hectare. “Isso se deve à utilização correta da tecnologia disponível: boas práticas de manejo e uso de sementes e mudas certificadas”, destacou.
A pesquisadora da Embrapa Produtos e Mercado (Brasília, DF), Keize Junqueira, tratou do processo que deve ser seguido para que uma cultivar chegue ao mercado. Ela também repassou informações referentes à aquisição das mudas do BRS Pérola do Cerrado. Como as sementes dessa cultivar precisam de um tratamento com fitohormônios para aumentar a porcentagem de germinação e uniformidade das mudas, é necessário que elas sejam obtidas com viveiristas licenciados pela Embrapa. Informações sobre os viveiros licenciados e demais recomendações técnicas para o cultivo da Passiflora setacea podem ser obtidas no endereço www.cpac.embrapa.br/lancamentoperola/
A pesquisadora Ana Maria Costa, da Embrapa Cerrados, falou sobre o sistema de produção e as características tecnológicas e funcionais do BRS Pérola do Cerrado. Ela coordena a Rede Passitec, que busca complementar e agregar informações ao melhoramento genético. São 27 instituições com mais de 100 pesquisadores com o objetivo de prover conhecimento e tecnologias para o uso funcional de passifloras silvestres para o fortalecimento da cadeia produtiva. “Como não há uma cadeia de produção estabelecida, precisamos gerar informações desde o cultivo para que o consumidor tenha o alimento disponível”. Segundo a pesquisadora, os trabalhos visam ao aproveitamento de todas as partes da planta por uma questão de sustentabilidade e de valoração da produção.
Ana Maria explicou que a cultivar BRS Pérola do Cerrado produz o ano inteiro, com picos de produção no período chuvoso (dezembro a março) e tem a segunda safra no período seco (junho a setembro). “Entre uma safra e outra, não para, mas os frutos são produzidos em menor quantidade. A partir dos oito meses de idade, a planta começa a produzir. O tempo de produção é de pelo menos quatro anos, mas com manejo adequado pode chegar a muito mais”. Segundo a pesquisadora, as condições de cultivo e produção (adubação, irrigação, espaçamento e condução) são semelhantes às do maracujá azedo. Ela destacou, ainda, as características funcionais do material – polpa rica em antioxidantes, casca rica em fibras e o óleo da semente rico em ômega 6 e 9.
Produtores - presente na cerimônia de lançamento da cultivar, a agricultora Lucília Evangelista, de Planaltina (DF), que conduz em sua propriedade rural uma das unidades de validação da BRS Pérola, disse não ter dúvidas do sucesso da cultivar. “Só não vendo mais porque não estou tendo em quantidade suficiente para atender a demanda”, contou. Para o extensionista da Emater-DF, Geraldo Magela, que acompanhou nos últimos cincos anos o trabalho de validação da cultivar junto aos produtores do DF, o material deve representar um avanço na cultura do maracujá em todo o Brasil. “Trata-se de um material rústico e que não precisa de polinização manual. Além de tudo, é muito saboroso”.
Durante a cerimônia de lançamento, foram homenageados o empresário Deocleciano Santos, do Viveiro Tropical, por sua contribuição na produção de mudas das cultivares de maracujá desenvolvidas pela Embrapa, e os produtores rurais José Landim, que foi o primeiro validador dessa cultivar em condições comerciais de cultivo convencional, e Leda Gama, primeira validadora da cultivar em condições de cultivo orgânico. Leda contou que a aceitação da variedade no mercado foi de 100%. “Já estou vendendo a minha produção a preços excelentes”, destacou. Por se tratar de um maracujá silvestre, a BRS Pérola do Cerrado apresenta alta resistência a pragas e a doenças, característica considerada de grande importância para os cultivos em sistemas orgânicos.
Após as palestras, os produtores e extensionistas puderam tirar dúvidas sobre a cultivar. O debate foi conduzido pelo chefe-geral da Embrapa Cerrados, José Roberto Peres. Segundo Peres, o lançamento da cultivar BRS Pérola do Cerrado é um exemplo de integração entre pesquisa, ensino, extensão rural e produtores, além de ser um exemplo de pesquisa participativa. “É a primeira cultivar lançada advinda da biodiversidade do Cerrado. E nós temos 12 mil espécies no Bioma a serem caracterizadas e transformadas em produtos que beneficiem a sociedade. Pela qualidade e pelo diferencial do produto, ele vai conquistar o mercado”, acredita.
O evento foi encerrado com a degustação de diferentes produtos feitos com o maracujá BRS Pérola: desde mousses, bombons e bolos até sorvetes, molhos e patês.

Características - a cultivar BRS Pérola do Cerrado foi obtida na Embrapa Cerrados a partir do melhoramento genético de uma população de acessos de diferentes origens de Passiflora setacea, uma das 200 espécies brasileiras de maracujás silvestres. Popularmente, é conhecida como sururuca, maracujá de cobra e maracujá-do-sono, pois a polpa dos frutos, segundo o uso popular, ajudaria a prevenir problemas de insônia. Quando maduros, os frutos têm coloração verde-claro a amarelo-claro, com listras longitudinais verde-escuras. O peso do fruto varia de 50 a 120 gramas e o rendimento da polpa é em torno de 35%. O florescimento se inicia 60 dias após o plantio e frutifica nas condições de outono-inverno no Brasil Central, ou seja, na entressafra do maracujá-azedo.

Juliana Caldas (MTb 4861/DF)
Breno Lobato (MTb 9417/MG)
Embrapa Cerrados

juliana.caldas@embrapa.br
breno.lobato@embrapa.br
(61) 3388 9945

terça-feira, 30 de julho de 2013

Agricultores mineiros devem contratar R$ 3 bi pelo Plano Safra e Plano Safra Semiárido


por, MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário
O Governo Federal lançou, nesta terça-feira (30), em Belo Horizonte (MG), o pacote de investimentos da União na agricultura familiar para a safra 2013/2014. Os 112 municípios situados no semiárido poderão acessar recursos do Plano Safra Semiárido, que destinou R$ 7 bilhões, com condições especiais de financiamento baseadas na condição econômica da região, que abrange nove estados brasileiros. Os demais municípios terão disponível parte dos R$ 21 bilhões em crédito para todo o País por meio do Plano Safra da Agricultura Familiar 2013/2014. O anúncio foi feito pelo secretário da Agricultura Familiar do MDA, Valter Bianchini, que representou o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, no evento. A cerimônia incluiu ainda a entrega de 127 máquinas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) a prefeituras do estado.
De acordo com o histórico dos financiamentos feitos em outras safras pelos agricultores familiares mineiros, o governo federal prevê que o estado contrate R$ 3 bilhões na safra 2013/2014 por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Além disso, os agricultores familiares poderão acessar outras políticas do governo, como assistência técnica e extensão rural, programas de comercialização e seguros agrícolas.  “Nos últimos dez anos do Plano Safra, nós aplicamos aproximadamente R$ 100 bilhões no meio rural brasileiro, metade desses recursos foram para ações estruturantes”, afirmou Bianchini.
O Plano Safra promove o desenvolvimento rural, produção de alimentos e geração de renda há 10 anos. Os investimentos crescem a cada safra. Para se mensurar essa evolução, desde 2003 até hoje, a quantidade de recursos destinada ao Pronaf, a principal política do governo federal no Plano Safra, subiu mais de 400%. E, a presidenta Dilma Roussef tem assegurado, reiteradamente, que os valores serão ampliados caso os agricultores familiares financiem mais do que os recursos previstos inicialmente.
“Ao pensar que no início, no primeiro Plano Safra, tínhamos R$ 200 milhões dos quais só conseguimos gastar R$ 100 milhões. E hoje chegamos a R$ 39 bilhões, sendo R$ 21 bilhões para crédito. Isso mostra o salto, não só em quantidade, mas em qualidade das políticas públicas para a agricultura familiar”, analisou o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado de Minas Gerais (FETAEMG), Vilson Luiz da Silva. 

Semiárido
Minas Gerais tem 112 municípios localizados no Semiárido, que serão beneficiados pelas ações estruturantes para convivência com a estiagem prevista no Plano Safra da região. O que inclui sistemas produtivos com reserva de água, sistemas produtivos e de armazenagem para alimentação animal, diversificação e agregação de valor à produção e sistemas de irrigação. Além disso, as taxas de juros para crédito rural para estas localidades terão condições especiais, variando de 1% a 3% para operações de custeio e entre 1% e 1,5% em caso de investimento.
Recorde
Os contratos feitos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para safra 2012/2013 somaram R$ 19,2 bilhões. O valor é 6,7% maior do que a estimativa inicial do governo federal, que era de R$ 18 bilhões. É a primeira vez da história do programa, criado em 2003, que o volume contrato é superior ao crédito anunciado.
Para esta safra, o governo federal, por meio Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), vai oferecer R$ 21 bilhões em crédito para os agricultores familiares de todo o país. Mas, é importante reforçar que a presidenta Dilma Rousseff já garantiu que, caso todo o montante seja contratado, será liberado mais recursos.
PAC 2
As 127 máquinas doadas pelo governo federal – 50 retroescavadeiras, 55 motoniveladoras e 22 pás carregadeiras – reforçarão a estrutura das prefeituras para atender a população rural. Os equipamentos serão importantes na construção e recuperação de estradas vicinais, facilitando o escoamento da produção, bem como a circulação de bens, produtos e pessoas. Além disso, serão uteis para amenizar os impactos da estiagem, com a abertura de barragens e a construção de açudes para armazenamento de água.

Até o momento, já foram investidos cerca de R$ 124 milhões no estado de Minas Gerais, na doação de 580 máquinas. Ao todo, 792 municípios mineiros serão beneficiados com a entrega de equipamentos. O investimento previsto é de mais de R$ 683 bilhões. A ação ajudará na melhoria da qualidade de vida de aproximadamente 2,5 milhões de habitantes da zona rural, sendo 395 mil agricultores familiares.

Brasil é o MAIOR PRODUTOR DE CARNE OVINA das Américas

Brasil é o maior  produtor de carne ovina das Américas e também possui o maior rebanho do continente, é o segundo maior país consumidor de carne do mundo. Ao longo dos anos foram realizados vários investimentos no setor produtivo, e com isso houve grande transformações, a criação de subsistência da região Nordeste e lã da região Sul têm ficado para traz.
O Brasil tem o maior rebanho do continente, no Mercosul está a maior concentração de ovinos, totalizando quase 40%. A produção de carne
(foto: Ascom/Seagri)
ovina brasileira fica em primeiro ligar, o Peru que possui o terceiro maior rebanho ocupa o sexto lugar na produção. O esse fato se deve a questão da diferença tecnológica entre os países. Quase 60% do consumo da carne são concentradas nos Estados Unidos, Brasil e México.
É possível observar que a ovinocultura brasileira vem crescendo significativamente e se tornando um importante mercado no setor produtivo. Porém, mesmo com esse crescimento ainda existem muitos desafios a serem enfrentados como, aumentar a escala de produção do criador; melhorar a relação indústria/criador; combater o abate clandestino; aumentar a visibilidade da cadeia produtiva.
Fonte: Cabra e Ovelha

sexta-feira, 26 de julho de 2013

UFRB divulga processo seletivo especial para cursos de Educação do Campo e Tecnólogo em Agroecologia - EFASE - MONTE SANTO

Sex, 12 de Julho de 2013 20:27
A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), por meio da Pró-Reitora de Graduação (PROGRAD), torna público Edital Nº16/2013 do processo seletivo especial para preenchimento de vagas nos cursos de graduação, em regime de alternância, para Educação do Campo, áreas Ciências Agrárias, Ciências da Natureza e Matemática, e Tecnólogo em Agroecologia. As inscrições serão realizadas de 22 de julho a 09 de agosto. São 340 vagas ofertadas.
O regime de alternância é caracterizado pela divisão do tempo entre a universidade e a comunidade. Para o curso de Licenciaturas em Educação do Campo, as vagas são destinadas a professores e profissionais em exercício nas escolas do campo sem formação inicial, professores que não possuem formação específica nas áreas de atuação dos cursos do edital e estudantes de comunidades rurais com o ensino médio concluído. Já para o curso de Tecnólogo em Agroecologia, pessoas de comunidades rurais com ensino médio concluído e beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA), do Crédito Fundiário, e dos projetos feitos pelos órgãos estaduais, desde que reconhecidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) da Bahia e de outros Estados da Federação são o público-alvo.

O processo seletivo especial contará com uma prova escrita, de caráter eliminatório e classificatório, como etapa única. Serão cinquenta questões objetivas e uma questão dissertativa. Para o curso de Licenciaturas em Educação do Campo, serão 120 vagas para candidatos à habilitação em Ciências Agrárias na cidade de Amargosa; em Feira de Santana, 60 vagas são voltadas à habilitação em Ciências da Natureza e mais 60 para Matemática. Para Tecnólogo em Agroecologia, 100 vagas estão disponíveis para o município de Monte Santo.
O Processo Seletivo Especial será realizado sob a supervisão da Comissão para efetivação do processo seletivo especial, nomeada pela Portaria nº 487/2013 e executado pela Fundação de Apoio à Educação e Desenvolvimento Tecnológico –Fundação CEFETBAHIA. As provas para todos os Cursos serão aplicadas nos municípios de Amargosa, Feira de Santana e Monte Santo no dia 01 de setembro de 2013.
Confira:

terça-feira, 23 de julho de 2013

Ataques de pragas prejudicam lavouras de coco em Petrolina, PE

Cachos bonitos, pesados e com cocos cheios de água. Em uma plantação de dois hectares da variedade anão, Jailton de Souza chega a colher mais de 12 mil cocos por mês. A produção não é afetada pela seca, graças à irrigação feita com água do Rio São Francisco.

Apesar da qualidade dos frutos, os preços não estão bons. Nesta época do ano, eles costumam cair. Enquanto um coco no verão sai por até R$ 1,15, o preço no inverno não passa de R$ 0,30.

Além dos preços baixos, típicos da estação, os produtores de coco estão com outro grande problema: a incidência de pragas.

São três pragas. O ácaro rajado, que parte a casca do coco, a mosca branca do coqueiro, que muda a cor da palha, e a traça da inflorescência, conhecida popularmente como broca.

A plantação de Givanildo Vieira é uma das mais atingidas pela broca. Dos 1,5 mil coqueiros existente nos oito hectares de terra, todos estão contaminados.

De acordo com o agrônomo Pedro Ximenes, as pragas podem ser combatidas com a retirada das partes afetadas. O material deve ser queimado. No caso da mosca, ele diz que existem agrotóxicos que servem de repelente, mas são pouco eficazes.
Fonte: G1
Adaptação: Criar e Plantar

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Acesso à assistência técnica será ampliado em 2013

por, MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário


Para aumentar a produção e gerar mais renda no campo, o Governo Federal coloca à disposição dos agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas e povos e comunidades tradicionais, os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). As empresas que atuam no País são contratadas por meio de chamadas públicas, depois de uma identificação da demanda pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Além disso, são feitas parcerias com as unidades da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) nos 26 estados e no Distrito Federal (DF).
Para ter acesso, o agricultor deve se dirigir ao escritório da empresa de Ater em seu município e solicitar uma visita do técnico a propriedade. O diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural  (Dater/MDA), Argileu Martins, explica que o serviço apoia o avanço da agricultura familiar por meio da junção do saber popular ao científico.
“A ater é importante porque os técnicos são capacitados para utilizar o saber do agricultor, associá-lo ao saber científico, e por meio das tecnologias existentes estabelecerem e implementarem sistemas de produção sustentáveis que considerem a renda, o uso dos recursos naturais e os mercados para a comercialização”.

Próxima safra          
O Plano Safra 2013/2014 aumentou o volume de recursos para a contratação dos serviços de Ater, passando de R$ 542 milhões para R$ 830 milhões. Foi anunciado ainda a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). O projeto de Lei, assinado pela presidenta Dilma Rousseff, foi encaminhado ao Congresso Nacional.
“Com a Anater, os serviços de assistência técnica serão ampliados. A operacionalização também vai ser diferenciada, proporcionando uma relação com os estados, com as ONGs e com as entidades privadas. Isso vai permitir que um maior número de produtores sejam alcançados com uma assistência técnica com maior qualidade”, ressalta Argileu.



Para conhecer mais sobre Ater, acesse aqui

sábado, 13 de julho de 2013

Pernambuco ganha zoneamento agroclimático para cultura da palma forrageira


Pernambuco ganha zoneamento agroclimático para cultura da palma forrageira
por, Embrapa Semiárido
No semiárido, a palma tem sido plantada nas propriedades para alimentar os rebanhos em épocas de secas prolongadas. Em Pernambuco, que é o segundo maior produtor de leite do Nordeste, essa forrageira é a base da alimentação do rebanho leiteiro. A presença em situações agrícolas de importância econômica e social motivou a equipe de pesquisadores, coordenada por Magna Soelma Beserra de Moura, da Embrapa Semiárido, a realizar o zoneamento agroclimático da cultura no território pernambucano.

Foto: Embrapa Semiárido

Com base em estudos do regime de chuvas e em indicadores de temperatura, os pesquisadores localizaram, em todo o Estado, as áreas onde o plantio da palma é favorável ou, então, apresentam limitações. As informações estão disponíveis na forma de mapa, que identifica os níveis de aptidão das regiões para o cultivo: ideal, inadequada ou restrita. Segundo Magna, o zoneamento reúne dados que ajudam no planejamento da expansão dos plantios.

Para ela, delimitar geograficamente os indicadores climáticos que mais influenciam a produção da espécie e associá-los com as características culturais da forrageira (manejo de adubação, densidade de plantios etc.), agrega um conjunto de informações que pode ajudar agricultores, profissionais da assistência técnica e instituições de fomento ao crédito rural investirem ou financiarem a implantação da palma.

Pernambuco tem cultivado cerca de 127.152 ha, dos 500.000 hectares plantados com palma no Brasil. Essa extensão abrange terras situadas nas regiões de agreste e sertão do Estado. As condições climáticas mais amenas e a alternância de variação entre as temperaturas noturnas e diurnas tornam o agreste uma área mais favorável à obtenção de melhores produções da forrageira.

O zoneamento reúne informações que visam à diminuição dos riscos de perdas e ao aumento da produtividade. Por ele, em cerca de 42,3% dos municípios pernambucanos as condições para o cultivo da palma são adequadas. Neles, a temperatura média e a precipitação ideais situam-se entre 16,1º C e 25,4º C, e de 368 e 812 mm, respectivamente.

Em outros 54,4% dos municípios, temperaturas médias mais baixas que 16,1º C e maiores que 25,4º C, e precipitações mais intensas, acima de 812 mm até 1089 mm, limitam os níveis de produtividade na cultura.


A palma é uma planta com elevado potencial de produção de matéria seca por unidade de área. O objetivo da realização do zoneamento agroclimático foi conhecer as áreas climaticamente aptas ao cultivo, onde pode se esperar elevado rendimento da cultura.

EBDA de Senhor do Bonfim participa de encontro em Serrinha

Representantes da gerencia regional da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A (EBDA), em Senhor do Bonfim, participam nos dias 15 e 16 de julho, em Serrinha, de uma reunião de avaliação do processo de distribuição de sementes do Programa Semeando, safra inverno/2013. A ação faz parte de um de monitoramento e avaliação da distribuição, com o objetivo de realizar ajustes nas próximas etapas do Programa.
No encontro, realizado pela EBDA em parceria com a Superintendência de Agricultura Familiar (SUAF), serão discutidos os procedimentos de distribuição das sementes, bem como as dificuldades e potencialidades do processo.


Fonte: Assimp/EBDA

Governo Federal apresenta Plano Safra e entrega máquinas no Ceará

O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, apresentou, nesta sexta-feira (12), o Plano Safra Semiárido para a safra de 2013/2014 no Ceará. 

Por, MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário

Pela primeira vez, o Governo Federal lançou um pacote especial para essa região, que contará com o valor de R$ 7 bilhões para ações estruturantes, como sistemas produtivos de reservas de água. Também para ajudar nessa convivência com a estiagem, o governo entregou 117 máquinas, que ajudarão mais de 200 mil agricultores familiares.
“O Semiárido é a primeira região com um plano específico. Estamos assumindo esse desafio, adaptando os instrumentos que temos no Plano para essa região”, revelou Pepe Vargas. Do valor total previsto para o Semiárido, R$ 4 bilhões são destinados exclusivamente à agricultura familiar.
Durante a solenidade de lançamento, o ministro e o secretário de Desenvolvimento Agrário do estado, Nelson Martins, assinaram um Acordo de Cooperação Técnica para a execução das ações do Plano. “Temos uma parceria muito boa com o ministério. Os recursos para a agricultura familiar foram triplicados nos últimos anos e milhares de agricultores cearenses são beneficiados com isso”, disse Nelson Martins.
Com o Plano Safra Semiárido, mais de 1,6 milhão de agricultores familiares, médios e grandes também serão beneficiados com a iniciativa. “O agricultor deve saber dos benefícios desse Plano. É papel das prefeituras fazer essa divulgação”, lembrou o ministro.

Em lançamento do Plano Safra Semiárido, em Salvador (BA), na última semana, a presidenta Dilma Roussef assegurou que os médios e grandes produtores do semiárido nordestino também terão receberão incentivo do Governo Federal e serão beneficiados com taxas de juros menores que as previstas para as outras regiões do país. “É possível conviver com a seca, e quando a gente fala conviver, estamos querendo dizer que a seca não pode virar uma catástrofe. Essa capacidade implica em estimular a produção agropecuária de forma mais harmônica com as condições aqui do semiárido”, atentou a presidenta.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

GARANTIA SAFRA 2012/2013 Excepcionalidade não ocorrera a realização de LAUDOS AMOSTRAIS

SECRETARIA DA AGRICULTURA FAMILIAR
PORTARIA Nº -17, DE 14 DE MAIO DE 2013

O Secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, no uso de suas atribuições legais e de acordo com o disposto na Lei n° 10.420, de 10 de abril de 2002 e no Decreto nº 6.760, de 5 de fevereiro de 2009, resolve: 
Art. 1º Excepcionalmente, na safra 2012/2013, fica dispensada a realização de laudos amostrais nas lavouras dos agricultores familiares que aderiram ao Programa Garantia Safra de municípios em que os indicadores agroclimáticos fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia - INMET e as informações do Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - GCEA/IBGE indicarem perda média da produção municipal de arroz, algodão, feijão, mandioca e milho igual ou superior a 50%. 
Parágrafo Único. A medida se aplica somente aos municípios em que os dois indicadores citados indicarem perdas médias iguais ou superiores a 50%.
Art. 2° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

                                                                                                                              VALTER BIANCHINI
Portal do MDA - Garantia Safra



quinta-feira, 11 de julho de 2013

Norma define procedimentos para licenciamento de importação de agrotóxicos

Com o objetivo de orientar as empresas importadoras de agrotóxicos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quinta-feira, 11 de julho, no Diário Oficial da União, Instrução Normativa com os formulários e procedimentos que devem ser seguidos para o pedido de importação desses produtos. Em 2012, mais de 22 mil licenciamentos foram concedidos.

Para que a importação seja feita, a empresa deve preencher o requerimento para importação de agrotóxicos e entregar em uma das 27 Superintendências Federais de Agricultura (SFAs). Após a solicitação, o Mapa tem 30 dias para responder ao pedido.

A norma esclarece que antes de solicitar o licenciamento da importação de um agrotóxico, a empresa deve possuir registro no órgão competente do estado ou do Distrito Federal e o agrotóxico deve estar registrado no Mapa.

Para que o licenciamento seja concedido atualmente, o procedimento de checagem de dados e de concessão da licença de importação é feito manualmente com o auxílio de três sistemas, o Siscomex, Agrofit e o Sigvig. A norma prevê que quando os sistemas trabalharem de forma integrada o pedido de autorização prévia seja feito e analisado apenas via sistema.

O texto da instrução normativa foi disponibilizado para consulta pública em novembro de 2012 e recebeu sugestões de sindicatos, associações e empresas do setor privado. 


Fonte: MAPA

Mapa divulga zoneamento para arroz, feijão, milho e soja

Com a publicação das normas, produtores já podem contratar operações de crédito de custeio e seguro para a próxima safra
por Globo Rural On-line

 Shutterstock

        Portarias apresentam orientações quanto às regiões e 
          épocas mais adequadas ao plantio (Foto: Shutterstock)

Em consonância ao lançamento do Plano Safra 2013/2014, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento autorizou a divulgação das Portarias de Zoneamento Agrícola de Risco Climático para as culturas de arroz, feijão, milho e soja em diversas unidades da federação.

As Portarias (nº 07 a 75), assinadas pelo secretário de Política Agrícola, Neri Geller, foram publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 11 de junho.

Nelas são apresentadas as orientações quanto às regiões e épocas mais adequadas ao plantio, além da relação de cultivares indicadas para cada localidade.


Com a divulgação destas normas, os agricultores de todo o país poderão efetuar junto aos agentes financeiros e seguradoras a contratação das operações de crédito de custeio e seguro para a safra 2013/2014, amparados pelas informações de risco de produção, contidas nas portarias de zoneamento.

Entenda o Plano Safra da Agricultura Familiar

Todo ano, o Ministério do Desenvolvimento Agrário lança o Plano Safra da Agricultura Familiar, com vigência de julho a junho do ano seguinte O mês de divulgação é estrategicamente escolhido para se adequar com o início do calendário da safra agrícola brasileira. Desde 2003, quando foi instituído pela pasta, o Plano reúne um conjunto de políticas públicas que abrangem os serviços de assistência técnica e extensão rural, o crédito, a cobertura de renda no seguro, a garantia de preços, a comercialização e a organização econômica das famílias residentes no campo.

A cada lançamento, o Plano é também aperfeiçoado. Interação que permite ao agricultor familiar usufruir de melhores oportunidades e condições de crescimento. A inclusão do Selo da Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf), do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) e do Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF), são alguns exemplos desse aprimoramento.

Por, MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Programa do MDA disponibiliza R$ 21 bilhões em crédito para agricultores familiares

Programa do MDA disponibiliza R$ 21 bilhões em crédito para agricultores familiares
Foto: Ascom/MDA

O Governo Federal está disponibilizando para a safra 2013/2014, que passa a valer em julho deste ano, R$ 21 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O programa de crédito do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) permite acesso a recursos financeiros para o desenvolvimento da agricultura familiar, possibilitando assim, que mais agricultores, quilombolas, assentados da reforma agrária e povos e comunidades tradicionais, possam financiar, de forma individual ou coletiva, seus empreendimentos.
Para a próxima safra, poderão contratar o financiamento agricultores que tiveram até R$ 360 mil de renda. As vantagens para o produtor é um prazo maior para o pagamento e uma taxa de juros abaixo da inflação (até 4%). O Pronaf atende modalidades de custeio e investimento. A primeira é voltada para agricultores que utilizam o recurso para custear a sua produção no ano agrícola. A segunda é para aqueles que querem incrementar o seu empreendimento, seja com novas estruturas ou com mecanização.
O secretário da Agricultura Familiar (SAF/MDA), Valter Bianchini, ressalta a diversidade das linhas de crédito do programa como um importante apoio aos agricultores familiares. “O Pronaf, além de ter um volume grande de recursos, tem diversas linhas de financiamento que vai desde o Mais Alimentos para qualificar a produção até linhas que apoiam projetos de jovens, de mulheres e da agroecologia. Então é um conjunto muito grande que visa apoiar os agricultores”, explica.
Pode acessar uma das 16 linhas do Pronaf o agricultor identificado com a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Com o documento em mãos e o Cadastro de Pessoa Física (CPF), o produtor deve procurar o apoio da empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) do município para elaborar o Projeto Técnico de Financiamento, que deve ser encaminhado para análise de crédito e aprovação do agente financeiro - Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banco Regional de Brasília e Cooperativas de Crédito.
Se o projeto for aprovado, o agricultor familiar está apto para acessar o recurso e começar o seu empreendimento. O financiamento também pode ser acessado por produtores organizados em cooperativas ou associações, devidamente formalizadas com a DAP jurídica. 
Para conhecer as linhas de crédito do Pronaf, clique aqui.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Tanques para piscicultura

Editora Globo

O cultivo de peixes para consumo ou para ornamentação (utilizados em aquários, por exemplo) tem se popularizado no Brasil. As boas condições climáticas do país e a grande variedade de espécies nativas contribuem para o desenvolvimento da atividade. Com dedicação e empenho, produtores podem conseguir bons resultados e contar com a criação como fonte de renda principal de sua propriedade. 
Antes de escolher os peixes que mais se adaptem à região de cultivo e dar início ao novo empreendimento, entretanto, é necessário montar uma estrutura apropriada no local. De acordo com o orçamento disponível, pode-se decidir por vários materiais encontrados no mercado e por diferentes sistemas de criação (confira a tabela na página ao lado). 
O tanque de cultivo pode ser apenas escavado na terra ou, após a terraplenagem, ser construído em alvenaria e impermeabilizado com lona, fibra de vidro ou chapa galvanizada. Para o sistema de abastecimento de água, utilize blocos de concreto ou algum tipo de vala, com conexões de tubo de PVC para condução da água até o tanque. A vazão da água pode ser regulada com a instalação de um monge de alvenaria ou um cotovelo articulado, por meio do qual ocorre o escoamento da sujeira acumulada no fundo do tanque. 
De forma geral, é recomendável que os viveiros não sejam muito grandes, para evitar dificuldades no manejo, como nos momentos de alimentação, transferência de peixes e despesca. Uma boa medida recomendada é de 40 por 50 metros, com 1,60 metro de profundidade. O formato retangular é o mais indicado para a criação de várias espécies de peixes, pois facilita a renovação da água. O circular, que exige mais aparatos para a movimentação da água e filtros para a remoção de resíduos, é mais frequentemente usado na criação de trutas, embora também possa ser usado no cultivo de lambari, tilápia e pirarucu, entre outros. 

Piscicultores de algumas localidades do país têm optado por fertilizar a água dos viveiros com resíduos originários da suinocultura, promovendo a proliferação de micro-organismos que servirão de alimento para os peixes. Com produção que chega a 2 mil quilos de pescado por hectare por ano, o sistema é considerado uma opção para baratear os custos.

Núcleo de Estudos Agrários lança livro sobre analise do território rural brasileiro

Com o objetivo de contribuir para o aprimoramento das políticas públicas de desenvolvimento rural, o Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (Nead/MDA) produziu, em parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o estudo Análise Territorial e Políticas para o Desenvolvimento Agrário.
A pesquisa será lançada em formato de publicação nesta quarta-feira (10), a partir das 9h30, durante o 9º Momento de Intercâmbio, evento promovido pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), em Brasília (DF).
“A pesquisa é uma importante ferramenta para apoiar os gestores nos processos de análise e avaliação dos territórios e para o planejamento e formulação de políticas públicas”, destaca Roberto Nascimento, diretor do Nead.
O livro analisa o território brasileiro por meio de diversos critérios e com base em variáveis que refletem a renda da população, desempenho econômico da produção agropecuária, aptidão agrícola e interesse para a conservação ambiental.
Programação
O trabalho Análise Territorial e Políticas para o Desenvolvimento Agrário será apresentado pelo coordenador geral do estudo, Gerd Sparovek. O 9º Momento de Intercâmbio também contará com a participação do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes de Guedes, que comentará os resultados da pesquisa.
No evento ainda estarão presentes o representante do IICA no Brasil, Manuel Otero, o coordenador de Desenvolvimento Rural Sustentável do Instituto, Carlos Miranda e o diretor do Nead, Roberto Nascimento.
O estudo é ilustrado com vários mapas que caracterizam o território brasileiro e a ocorrência dos principais fatores limitantes para o desenvolvimento rural sustentável e para a superação da extrema pobreza. Um módulo da pesquisa permite estabelecer recortes temáticos, combinando biomas, limites relativos às fronteiras agrícolas, interesse ambiental e classes de uso (tais como os assentamentos, os quilombos e as terras indígenas, dentre outras), apresentando como resultado as categorias territoriais.
Os interessados devem confirmar presença pelo e-mail gisele.ceccon@iica.int ou pelo telefone (61) 2106-5414.

Serviço:
9º Momento de Intercâmbio: Análise territorial e políticas para o desenvolvimento agrário 

Data: 10 de julho de 2013 (quarta-feira)
Horário: de 09h30 às 12h
Local: Auditório do IICA. SHIS QI 03 Lote A, Bloco F, Centro Empresarial Terracotta - Lago Sul, Brasília

sábado, 6 de julho de 2013

Tecnologia e crédito podem melhorar convivência com a seca no Semiárido


Os produtores do Semiárido brasileiro terão acesso a recursos especialmente destinados à região. O Plano Safra do Semiárido 2013/2014, apresentado hoje em Salvador (BA), conta com R$ 7 bilhões a juros mais baixos para financiar infraestrutura produtiva adequadas à realidade da região, como construção de barragens, cisternas, poços, recomposição de rebanhos, investimentos em culturas relevantes para a região e sistemas produtivos que contemplem a reserva de alimentos para animais. 

Durante a cerimônia de lançamento, o governo apresentou uma série de medidas para fortalecer a produção agrícola e pecuária. Entre elas, a ampliação do acesso aos programas de compras públicas do Governo Federal, o aumento dos preços de garantia de importantes produtos da região, a nova modalidade para o Programa de Aquisição de Alimento, que, apenas na região nordeste, permitirá a aquisição de alimentos para consumo animal e para compra de mudas e sementes para produção agrícola, e a ampliação dos serviços de assistência técnica e extensão rural.

Novas medidas para o Semiárido
presidente da Embrapa, Maurício Lopes, esteve presente no lançamento do plano. Juntamente com as ações estruturantes para a convivência com a seca – definição de políticas públicas específicas para a região e envolvimento de atores e agentes regionais –, foram apresentadas alternativas tecnológicas que podem melhorar a produção na região.

Lopes disse que o Plano Safra Semiárido é uma ação inédita do Governo Federal que permitirá que a Embrapa e as instituições parceiras possam se mobilizar para apoiar os agricultores da região na busca de soluções tecnológicas testadas e validades pela pesquisa. “O Brasil tem um dos sistemas de pesquisa agropecuária mais poderoso de todo o mundo. Nós temos um acervo enorme de tecnologia para todo o Brasil, que pode ajudar no avanço e na superação das limitações para o desenvolvimento da agricultura em todas as partes do País”, ressalta. 

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, apresentou as taxas diferenciadas de juros para os produtores do Semiárido e os valores que estarão disponíveis para esta safra. Dos 7 bilhões envolvidos no Plano Safra Semiárido, 4 bilhões serão destinados aos agricultores familiares, com juros de custeio variando entre 1% a 3%, conforme o valor financiado, e os juros de investimento entre 1% a 1,5%. Além disso, a assistência técnica e a extensão rural atenderão 347 mil agricultores familiares, por meio de programas do Governo Federal. Marcada pela forte presença da agricultura familiar, na região, das 1,6 milhão de propriedades existentes, 95% são de âmbito familiar. 

Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, o Plano Safra Semiárido é um grande desafio. Ele destacou a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), que permitirá o acesso dos produtores às tecnologias para a região: “A Anater veio para trazer tudo aquilo que a Embrapa pesquisou para o Semiárido. Ela vai fazer a ligação das tecnologias de novas cultivares e de reserva de água para o produtor e também levar as demandas dos produtores para a pesquisa”.

Antes do encerramento do evento, a presidenta Dilma Rousseff lembrou que com a concretização do Plano Safra Semiárido há o reconhecimento de que é possível conviver com a seca e que a seca não pode virar uma catástrofe e por isso é importante a atuação da Embrapa nesse contexto: “A Embrapa recolheu todo o conhecimento que existia lá fora e olhou para o Brasil e viu que era possível ter uma agropecuária tropical eficiente e que no semiárido é possível superar os desafios e transformar essa em uma região competitiva”. 

Alternativas tecnológicas para o Semiárido
A partir de testes realizados na região, a Embrapa apresenta sistemas de produção agrícola e animal válidos para diversas escalas de produção – de 5 a 100 hectares –, que incluem propostas com lavouras permanentes (frutas, leguminosas etc) e temporárias (mandioca, feijão, milho etc), conservação de forragem (silagem, feno), cultivo de pastagem e manejo produtivo da caatinga, além de opções para produção, armazenagem e uso da água, com tecnologias como cisterna produtiva, barraginha, barragem subterrânea, tanque lonado de múltiplo uso, açude e dessalinizador de água salobra. 

Para aumentar a produção e evitar perdas por problemas climáticos, uma opção viável é a adoção de variedades adaptadas ao semiárido nordestino. No caso de milho precoce, por exemplo, é possível dobrar sua produtividade, passando de uma média de 1,2 tonelada por hectare, obtida na região, para 3 toneladas/hectare. Aliada à adubação e à irrigação de salvamento, essa produtividade chega a 6 toneladas. 

A produção de leite também pode dobrar com o uso de silagem de milho e de concentrado para alimentação das vacas. No caso dos caprinos, o ganho de peso dos animais pode passar de 35 gramas/dia para 90 gramas/dia com uso de passagens cultivadas e adoção de técnicas de manejo adequadas. 

Para a região, ainda é recomendado o fortalecimento das agroindústrias – de frutas, mel, matérias-primas regionais, leite e derivados, mandioca – como opção de agregar renda à produção rural, como foi apresentado pelo presidente da Embrapa e pelo ministro da Agricultura.

Fonte: Embrapa

Primeiro sábado de julho será comemorado o Dia Internacional do Cooperativismo


No próximo sábado, dia 06 de julho, será comemorado o Dia Internacional do Cooperativismo. De acordo com dados da Organização das CooperativasBrasileiras (OCB), mais de 10 milhões de pessoas participam do modelo cooperativo. Na opinião do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antonio Andrade, as cooperativas são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do país. 

“É um segmento fundamental no país para a geração de emprego, renda e no desenvolvimento de ações para estimular o relacionamento do cooperado e de sua família com a comunidade. Devido a essa importância, o governo federal ampliou os recursos disponíveis para as cooperativas em R$ 300 milhões para a safra 2013/14, além de reduzir de 9% para 6,5% ao ano a taxa de juros para capital de giro de cooperativas”, destacou Andrade.

O cooperativismo surgiu em 1844, na Inglaterra, e está presente em todos os setores da economia. Uma cooperativa é formada pela associação voluntária de no mínimo 20 pessoas em torno de uma determinada atividade econômica, com objetivos comuns e divisão dos resultados. Os programas, projetos e ações relacionados às atividades cooperativistas e associativas desenvolvidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), são de responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) e coordenados pelo Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop).

Segundo o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha, o Mapa tem o objetivo de ampliar o número de cooperativas, auxiliando na organização, novos métodos de gestão e melhorando a renda daqueles que participam como associados. “Cada vez mais, a cooperação passa a ser importante na vida das pessoas. Queremos cumprimentar nesse dia, todos aqueles que participam da construção de grande parte do PIB brasileiro”, disse.

Comemora-se o Dia Internacional do Cooperativismo no primeiro sábado de julho. A data foi instituída em 1923, durante o Congresso da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o agronegócio do Brasil movimenta mais de 22% do PIB, por meio da participação das cooperativas, e é líder em produtividade na América Latina.

Fonte: MAPA

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Fim da obrigatoriedade do registro de TRATORES no DETRAN

Foi aprovado nessa terça-feira, dia 2, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, o projeto de Lei que abdica tratores e outras máquinas agrícolas do registro e do licenciamento anual realizado pelos Departamentos de Transito Estaduais (Detrans).
Um dos discursos utilizados para dar embasamento ao projeto foi o fato de muitos produtores comprarem tratores e outros veículos agrícolas usados, com muitos anos de serviço e documentação extraviada. E também que a exigência de emplacamento é puramente arrecadatória, já que as máquinas agrícolas permanecem 98% do tempo dentro das propriedades, andando em vias públicas apenas no trajeto entre propriedades, de forma esporádica.A exigência do registro ocasionava muitos prejuízos aos produtores.
A lei foi aprovada em caráter conclusivo e a proposta seguirá agora para o Senado, a menos que haja recurso para que seja analisada pelo Plenário.
Fonte: Agricultura Rural