sábado, 31 de maio de 2014

1º REUNIÃO DO CANAL DO SERTÃO eixo Sul em ITIÚBA

Na manhã desta sexta-feira (30) aconteceu à primeira reunião no município de Itiúba para discutir Os Caminhos do Canal do Sertão Baiano, participaram da reunião e discussão as principais autoridades do município (Prefeito, secretários, vereadores, técnicos do município, estado e empresas privadas) e a sociedade civil representada por associações comunitárias. 

Está primeira reunião de sondagem realizada pela empresa HIDROGEO responsável pelo estudo de viabilidade social, técnica, econômica e ambiental do projeto "CANAL DO SERTÃO BAIANO" que será realizado pela Codevasf – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba.  

O Canal do Sertão Baiano é o eixo Sul da transposição do São Francisco, e levará água do rio São Francisco a reservatórios que abastecerão áreas urbanas e rurais de 44 municípios do estado da Bahia, localizados na região das seis bacias hidrográficas dos rios Salitre, Tatauí, Tourão, Poções, Itapicuru e Jacuipe, que cobrem uma área aproximada de 60 mil km².

As prioridades de uso da água transportada pelo canal serão nesta ordem: abastecimento humano, dessedentação animal, segurança alimentar do rebanho. Porém atendendo outras demandas como: Quintais irrigados, aquicultura, indústrias com ênfase e agroindústrias, revitalização dos perímetros irrigados, mineração e também eventuais demandas e necessidades apontadas pelo estudo de viabilidade realizado pela HIDROGEO.

O desenho inicial do projeto, que passará por adaptações depois da conclusão dos estudos de viabilidade, prevê a tomada d’água do São Francisco nas proximidades do município de Sobradinho, e seu transporte, por cerca de 350 km, até a barragem de São José do Jacuípe.

O projeto prevê beneficiar na fase inicial cerca de aproximadamente 300 mil pessoas diretamente, para a agricultura familiar e pequenos agricultores com áreas de até 10 hectares prever se beneficiar em torno de 130 mil famílias que receberam kits para formar pequenos quintais de irrigação. 

A utopia vai bem mais além no ano de 2050 o projeto visa beneficiar diretamente cerca de 1,2 milhões de famílias em situação de emergência e calamidade por conta do fenômeno de seca cíclica que acontece no semiárido nordestino. 

Texto: 
Nicodemos Almeida
Lic. em Ciências Agrárias
Técnico em Agropecuária

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Secretaria Municipal de Itiúba é a primeira a distribuir sementes de inverno no território do SISAL


Na manhã desta terça-feira (27), a Secretaria Municipal de Agricultura de Itiúba recebeu 26.120 Kg de sementes de feijão e milho para o plantio de inverno, as sementes serão distribuídas para os pequenos agricultores familiares inscritos no Programa do Governo Federal GARANTIA SAFRA, no qual o município de Itiúba tem hoje aproximadamente 3.650 inscritos.

As sementes de feijão (Var. Carioca Precoce) e milho (Var.Caatingueiro). Essas duas variedades apresentam alto poder de germinação, tem características adaptáveis às condições do semiárido nordestino, grau de pureza em torno de 98%, são precoces.

A distribuição destes tipos de sementes melhoradas, mais produtivas tem como principal enfoque, diminuir os impactos causados pelo declínio na produção causados pelo fenômeno das secas nas lavouras.

 A SEMAGRI estará fazendo a distribuição das sementes nos próximos dias, o primeiro local a receber as sementes no dia 29/05 será a Região do Distrito de Bela Vista de Covas, mesma data em que ocorrerá o dia MAIS CIDADANIA, organizado pela Prefeitura Municipal de Itiúba.

Os pequenos agricultores (as) familiares receberão pouco mais de 7kg de sementes das duas variedades, as regiões que já efetuaram o plantio das duas culturas além de receber as sementes a SEMAGRI estará nas localidades oferecendo cursos de Produção, Conservação de sementes e Criação de Banco de sementes.

Texto:

Nicodemos da Silva Almeida

Técnico em Agropecuária

Lic. Em Ciências Agrárias

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Grupo de Pesquisa em Agrotecnologia desenvolve trabalhos com licurí


por, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia  Baiano - Bem Baiano

“'Eu sou eu e licurí é coco pequeno', lembra?”, pergunta o professor do IF Baiano, Fulvio Viegas, que desenvolve trabalhos com a planta, através do Núcleo de Pesquisa de Agrotecnologia para o Semiárido (Nupa). O ditado popular remete à cultura do semiárido nordestino e motiva o professor em suas pesquisas que se propõem a aproveitar os resíduos de licurí, transformando-os em alimentos para animais, através da “Torta de Licurí”.

Os trabalhos do Nupa são desenvolvidos nas áreas de alimentação, nutrição, qualidade, tecnologia e processamento animal. “Nossa meta é reduzir os custos da produção, precisamente nos gastos com ração, que é o fator que mais onera em uma produção”, explica o professor.

Em março, três trabalhos foram apresentados noII Simpósio de Avicultura do Nordeste, em João Pessoa, Paraíba. As pesquisas abordam o uso da torta de licurí na alimentação animal e suas influencias na qualidade desses animais. “Nos resultados obtidos observamos que substituir a soja e milho, que são ingredientes caros em uma ração, pela torta de Licurí é um desafio. No entanto, observamos, em resultados preliminares, que uma fração de 10% da torta Licurí pode ser utilizada em rações de frangos e codornas de corte”, conclui o professor.

Para o ex-aluno do IF Baiano e graduando em Engenharia Agronômica na Uneb, Damião Mendes, “os trabalhos de pesquisa é um momento oportuno em que pudemos atuar, fixar a teoria junto a prática junto ainda em âmbito escolar, academia ou instituto”. Ele diz que o estudante que participa de pesquisas de Iniciação Científica, torna-se um profissional diferenciado, com um conhecimento mais amplo e “quem vai identificar isso é a empresa contratante”, conclui.


Sobre as pesquisas, o professor Fulvio acrescenta que “já temos quase totalmente a composição nutricional da Torta de Licurí, o que permite um avanço, deixando o nosso trabalho bastante completo”. Ele ainda pretende lançar junto ao Nupa um manual para os produtores do semiárido nordestino, para que eles deixem de “usar a torta de forma empírica para usar esse rico resíduo de forma técnica, reduzindo o problema da falta de alimentos durante a seca”, conclui.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Ceará: à pleno sol, com auxílio da irrigação, inicia o cultivo de Cacau

Começa-se o presente texto, pequeno, com um voto de parabéns pela iniciativa da empresa, e por acreditar que, quando se tem tecnologia e faz uso correto dela, é possível sim, produzir e bem. Por isso, sempre deixei claro que, com exceções visíveis, não se pode jugar um lugar como improdutivo, apenas porque são impostas pela natureza limitações principalmente edafoclimáticas.
Pois é, enquanto o cacau (Theobroma cacao), no Estado da Bahia, continua quebrado, por falta de investimentos governamentais, e por demais explicações que não me cabe aqui citar, o Ceará inicia com pé direito, diga-se de passagem, a produção irrigada da cultura, e à pleno sol, vale ressaltar!
Pois é, e a expansão da fronteira agrícola para a cultura, não se dá em litoral, mata Atlântica como é o caso da Bahia, e sim, na Caatinga.
A plantação foi instalada na Fazenda Frutacor, onde a banana, que sempre foi o foco da produção da propriedade, agora serve para criar conforto térmico para as plantas de cacau, e como quebra ventos. O projeto piloto funciona no Tabuleiro de Russas, região do Baixo Jaguaribe.
A ideia de se produzir na região, foi apoiada e desenvolvida na empresa em parceria com a Ceplac – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira. Hoje a empresa alcança uma média de produtividade variando de 150 a 180 arrobas/hectare (2.250 a 2.700 Kg/ha), mas segundo o pesquisador da Ceplac, George Sodré, é possível chegar a uma produtividade de 200 arrobas, com a tecnologia existente.

O sistema de irrigação
Ainda por se tratar de uma área experimental, estão sendo testados dois sistemas de irrigação, gotejamento e microaspersão.

Manejo
A maturação precoce do fruto no Estado do Ceará, é relativamente duas a três vezes superior em relação às plantações na Bahia, e o ponto de colheita da Bahia, é considerado passado para a meta da produção cearence.

Mercado
            Representantes de multinacionais, consultores, já visitaram a área experimental da Frutacor, com interesse na matéria-prima. Como já se sabe, buscam um produto de qualidade para processamento e produção de chocolates finos, e o futuro da produção cearence é promissor para o mercado, pois qualidade é o que buscam estas empresas.

Links interessantes


Texto: Erli Pinto dos Santos
Técnico Agropecuário
Graduando em Eng. Agronômica – UEFS
(74) 9196-6275
erlitec.agri@hotmail.com