Começa-se o presente texto, pequeno, com um voto de
parabéns pela iniciativa da empresa, e por acreditar que, quando se tem
tecnologia e faz uso correto dela, é possível sim, produzir e bem. Por isso,
sempre deixei claro que, com exceções visíveis, não se pode jugar um lugar como
improdutivo, apenas porque são impostas pela natureza limitações principalmente
edafoclimáticas.
Pois é, enquanto o cacau (Theobroma cacao),
no Estado da Bahia, continua quebrado, por falta de investimentos
governamentais, e por demais explicações que não me cabe aqui citar, o Ceará
inicia com pé direito, diga-se de passagem, a produção irrigada da cultura, e à
pleno sol, vale ressaltar!
Pois é, e a expansão da fronteira agrícola para a
cultura, não se dá em litoral, mata Atlântica como é o caso da Bahia, e sim, na
Caatinga.
A plantação foi instalada na Fazenda Frutacor, onde
a banana, que sempre foi o foco da produção da propriedade, agora serve para
criar conforto térmico para as plantas de cacau, e como quebra ventos. O projeto
piloto funciona no Tabuleiro de Russas, região do Baixo Jaguaribe.
A ideia de se produzir na região, foi apoiada e
desenvolvida na empresa em parceria com a Ceplac – Comissão Executiva do Plano
da Lavoura Cacaueira. Hoje a empresa alcança uma média de produtividade
variando de 150 a 180 arrobas/hectare (2.250 a 2.700 Kg/ha), mas segundo o
pesquisador da Ceplac, George Sodré, é possível chegar a uma produtividade de
200 arrobas, com a tecnologia existente.
O
sistema de irrigação
Ainda por se tratar de uma área experimental, estão
sendo testados dois sistemas de irrigação, gotejamento e microaspersão.
Manejo
A maturação precoce do fruto no Estado do Ceará, é
relativamente duas a três vezes superior em relação às plantações na Bahia, e o
ponto de colheita da Bahia, é considerado passado para a meta da produção
cearence.
Mercado
Representantes de
multinacionais, consultores, já visitaram a área experimental da Frutacor, com
interesse na matéria-prima. Como já se sabe, buscam um produto de qualidade
para processamento e produção de chocolates finos, e o futuro da produção
cearence é promissor para o mercado, pois qualidade é o que buscam estas
empresas.
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Texto: Erli Pinto dos Santos
Técnico Agropecuário
Graduando em Eng. Agronômica – UEFS
(74) 9196-6275
erlitec.agri@hotmail.com
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