domingo, 28 de junho de 2015

Motores, máquinas agrícolas e avanços: novidades do setor



Quando criado, por Rudolph Diesel, os motores DIESEL, de combustão interna (mistura oxigênio+combustível), tinham sobretudo a finalidade de trabalhar com óleos vegetais (ou biodiesel). Com o advento dos derivados do petróleo, o primeiro produto da refinação, foi denominado diesel em homenagem ao criador do sistema motor que o produto é usado para funcionamento. O vídeo (1) abaixo, ilustra o funcionamento desses motores:

 


Partindo daí, à época foi um marco pois o diesel não fora ainda usado nesses motores. Mas não deixou de ser uma tecnologia super avançada quanto ao uso de uma energia renovável, os óleos derivados de vegetais e/ou animais. Num tempo em que a tecnologia motora mais avançada eram as máquinas à vapor.
Hoje a nossa engenharia mundial aprimora o que já foi idealizado, testado e comprovado, induzindo a mais avanços. A nossa agricultura econômica depende de maquinário, e essa dependência provoca um uso deliberado da mecanização, emitindo poluentes em quantidades maiores em decorrência da demanda de uso dessas máquinas.




Refiro-me agora ao uso de resíduos da pecuária que, por sua vez, podem ser considerados poluentes atmosféricos, os dejetos animais, ricos em metano, e etc. Fontes importantíssimas de energia que em muitos casos são ignorados nas nossas empresas rurais. E a nossa eficiente engenharia, mostra sua eficácia no aproveitamento desse subsídio e o transforma em TRABALHO.
Foi o que fez a New Holland Agriculture, empresa do grupo CNHI Industrial, fez com seu novo trator equipado com motor movido à gás metano. Apresentado no Salão Internacional de Máquinas Agrícolas em Paris - França. O motor resultante é eficaz do ponto de vista ambiental, no qual o metano que estaria sendo liberado na atmosfera por esses dejetos é aproveitado, e do ponto de vista econômico, onde o produtor sai beneficiado, pois pode aproveitar dejetos (ou produtos) da própria empresa e usar na máquina.
Mais sobre a nova linha de tratores, disponível no vídeo (2) abaixo, reportagem exclusiva do programa Marcas & Máquinas:

:

Foto extraída da Revista Globo Rural
Texto: Erli Pinto dos Santos
Técnico em Agropecuária - Inst. Federal Baiano
Grad. em Eng. Agronômica - UEFS
erlitec.agri@hotmail.com
(74) 9196-6275
(74) 9946-3259

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Solos e sua problemática



Solos. Você provavelmente deve-o enxergar como um produto da natureza abundante no meio ambiente, infinito. Entretanto, essa não é bem a nossa realidade.
Quando se fala em solo, a principal atribuição que se dá é a sua importância para a agricultura, de fato, porém, nem à mesma está na sua totalidade preocupada com esse material.
A população mundial, cresce de forma assustadora, a cada ano. E a preocupação principal é: como vamos alimentá-la? Pois bem, nas ciências agrárias, temos muitas formas de fazer valer isso, uma delas é a expansão da fronteira agrícola, o aumento da produtividade por meio do melhoramento genético de plantas, aumento da produtividade por meio de técnicas de irrigação (sabe-se que áreas irrigadas produzem 2,5 até 3 vezes mais que cultivos de sequeiro), dentre outras. Porém, para que todas essas técnicas sejam possíveis, precisamos de um bem comum, o solo. Cultivos sem uso do solo são possíveis, afinal de contas com relação à fisiologia vegetal, principalmente para espécies cultivadas, o solo não é um requisito primordial e crucial, pode-se cultivar tornando disponíveis os macro e micronutrientes na água, gerando assim uma solução nutritiva que vá atender ás necessidades hídricas e nutricionais das plantas, contudo, isto exige um controle ainda mais superior ao cultivo convencional. O solo não é essencial para a fisiologia vegetal, mas é de suma prioridade para o desenvolvimento econômico de uma agricultura que seja acessível.
 Para que se forme 10 cm do perfil de um solo, são necessários um equivalente temporal de 2.000 anos de trabalho, com ação conjunta do intemperismo químico, físico e biológico, atuando com seus diversos fatores, tais como a precipitação, disponibilidade hídrica, espécies animais e vegetais, temperaturas e variações. No entanto, para seja perdido esses mesmos 10 cm, não precisa de tanto tempo, pode ser feito em alguns anos, até meses; e pode ser realizado por vários fatores, mas o indutor essencial: o homem. Vê-se em pleno século XXI, plantios de “ladeira abaixo”, provocando sério processo de erosão hídrica e eólica, deposição de sedimentos em rios, lagos e até represas artificiais, nos fazendo refletir e pensar que ainda estamos na Idade da Pedra. Enquanto que os nativos das Américas, povos Maias, nos seus cultivos de milho (Zea mays L.), para manter a fertilidade do solo colocavam em cada cova um peixe morto. Quando hoje no meio técnico-científico, tratamos do Sistema de Plantio Direto como atualidade, e esquecemos que os nossos avós praticavam a técnica e dominavam, abrindo nos “roçados” apenas o espaço das covas, deixando a superfície do solo protegida pela vegetação que hoje denominamos de daninhas, mas o advento da mecanização, da produção industrial de máquinas agrícolas junto com as agências financiadoras das lavouras, implantou na mente dos agricultores à época que a prática era antiquada e que o uso de maquinarias para aragem e gradagem é imprescindível. Causando na atualidade problemas sobre o uso intensivo de máquinas, como a compactação (consequência mor) e tornando-se caro o processo de recuperação.
O estudo das propriedades físicas de um solo é tão importante e criterioso que se não o for executado sistemática e corretamente, pode comprometer o sucesso de projetos agrícolas.
O solo, ou a camada na qual se localiza no planeta, denominada pedosfera, é uma área de interação entre todas as outras, tais como atmosfera, hidrosfera, geosfera, crosta, litosfera, núcleo. Sem ele não há vida, tudo o que é produzido, é proveniente dele, ou precisa-se vencê-lo para produzir, e como informado nos parágrafos acima, para que a agropecuária tenha seu desenvolvimento econômico viabilizado e que seja acessível, o solo é fundamental.
Para a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), 2015 foi decretado como o Ano Internacional dos Solos, com a finalidade de mobilizar a sociedade para a importância dos solos como parte fundamental do meio ambiente e os perigos que envolvem a degradação deles em todo o mundo. No Brasil as atividades são incentivadas pela SBCS – Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.

Abaixo segue vídeo educativo e didático ilustrando o problema da não-conservação dos solos e as consequências para a manutenção da vida.
  
Texto: Erli Pinto dos Santos
Técnico em Agropecuária - Instituto Federal Baiano
Graduando em Eng. Agronômica - UEFS
erlitec.agri@hotmail.com
(74) 9946-3259