domingo, 30 de junho de 2013

SISTEMA DE PLANTIO DIRETO E PROGRAMA AGRICULTURA DE BAIXO CARBONO -

O Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) do governo federal tem como meta incentivar os produtores de todo Brasil a utilizar técnicas sustentáveis em suas propriedades. Para isso possibilitam financiamentos e juros baixos para os produtores que aderirem ao sistema. Neste sistema, produtor e meio ambiente saem ganhando, pois através destas técnicas de manejo, gastam menos para implantar as culturas, não utilizam mecanização bruta, liberando menos gases do efeito estufa. Destas técnicas as mais visadas são o plantio direto sobre a palha, e a integração lavoura pecuária.
O Sistema de Plantio Direto na Palha protege o solo contra erosão, preservando nutrientes e a sua umidade; é vantajoso para a microbiota viva e ainda retém maior quantidade da água da chuva. A técnica é considerada uma ferramenta da agricultura conservacionista, consiste na semeadura feita diretamente na palhada da cultura anterior, ou seja, sem ser necessário revolver as camadas do solo com arados e grades. O revolvimento do solo ocorre apenas na cova ou sulco de semeadura ou plantio. Nesse sentido, é fundamental o uso de modelos de produção diversificados com rotação, consorciação ou sucessão de culturas, além de plantas de cobertura com adequada produção de palhada.
Com o sistema de plantio direto a quantidade de matéria orgânica triplica, de uma concentração de pouco mais de 1% para acima de 3%. O procedimento, além de aumentar a rentabilidade, permite que a cobertura vegetal possa ser mantida por mais tempo, reduzindo o processo de erosão eólica e hídrica e, assim, favorecendo a superfície do solo. Também reduz em até 70% o consumo de combustíveis fósseis por não serem necessárias as práticas convencionais de preparo do solo.
As metas do Programa ABC, para o período 2010/20 são:
1.Recuperação de uma área de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, como manejo adequado e adubação, possibilitando uma redução de 101 milhões de toneladas de GEE, em equivalente carbono;
2.Adoção do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta em 4 milhões de hectares, permitindo uma redução de 20 milhões de toneladas de GEE, em equivalente carbono;
3.Ampliação do uso do sistema plantio direto em 8 milhões de hectares, que passaria de 25 milhões para 33 milhões de hectares, com uma possível redução de 16 a 20 milhões de toneladas de GEE, em equivalente carbono;
4.Estímulo à fixação biológica, na produção de soja em grãos, de 11 milhões para 16,5 milhões de hectares, atingindo uma redução de 16 a 20 milhões de toneladas de GEE, em equivalente carbono;
5.Incremento do plantio de florestas econômicas em 3 milhões de hectares, resultando no sequestro de 10 milhões de toneladas de GEE, em equivalente carbono.
Para dar início ao cumprimento dessas metas o Governo Federal está destinando recursos no valor de R$ 2 bilhões, para o Programa ABC, no Plano Agrícola e Pecuário 2010/11, com limite de financiamento por beneficiário de R$ 1 milhão, taxas de juros de 5,5% ao ano, com prazos de pagamento em até 12 anos e carência de até seis anos, para produtores rurais que adotarem práticas citadas anteriormente, como por exemplo, o sistema plantio direto.

Fonte: Globo Rural

VII VetVale - Encontro de Medicina Veterinária do Vale do São Francisco

O VETVALE


O Encontro de Medicina Veterinária do Vale do São Francisco (VETVALE) é um evento anual realizado no segundo semestre letivo do Curso de Medicina Veterinária da UNIVASF. Este evento é organizado por docentes e discentes do Curso de Medicina Veterinária, com o apoio da própria Universidade, do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Pernambuco – CRMV-PE, Órgãos de fomento e da iniciativa privada. Em sua sétima edição, objetiva congregar a comunidade acadêmica, pesquisadores e profissionais da região do Vale do São Francisco, contribuindo para sua capacitação continuada através da reciclagem e atualização em diversas áreas da Medicina Veterinária. O evento abordará temas gerais relacionados à saúde pública, inspeção de produtos de origem animal, clinica e cirurgia de animais domésticos e silvestres, reprodução animal, terapias alternativas aplicadas à medicina veterinária. Serão realizadaspalestras e minicursos, contando com a participação de renomados profissionais de diversas regiões do país, havendo uma expectativa de atender a um público de cerca de 300 participantes, incluindo alunos da UNIVASF, UFRPE, UFRB, UFBA, UESC, além de profissionais do SEBRAE, ADAGRO, EMBRAPA, IFs, IPA, Secretarias e Prefeituras Municipais.

Inscrições e outras informações no site: http://viivetvale.wix.com/univasf

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Produção de rapadura é fonte de renda para famílias do NORDESTE

É preciso mexer bastante e não pode perder tempo. Por isso, a experiência de Abdon Pereira, que há 40 anos transforma o caldo da cana em rapadura, funciona como o coração do engenho.
João Benífio emprega Abdon e mais outros cinco funcionários. É a quarta geração da família que vive de moer cana, ferver o caldo e fazer o doce que é tradição no Ceará.
Só na região de Pindoretama, litoral do Ceará, há mais de 20 engenhos fabricando só rapaduras.
Para se destacar no mercado, João resolveu inovar, as rapaduras agora tem diversos sabores. Quem cuida dessa parte é Fátima Holanda. "Temos rapadura de castanha, mamão, amendoim, tangerina, maracujá, graviola", conta.
Mais da metade da cana de açúcar usada no engenho de João é comprada de produtores da região mesmo. Ao todo, são produzidos 1,75 mil quilos de rapadura por semana. Como a seca também afetou o comércio da cana, tornando o produto mais caro no Ceará, a rapadura com diferentes sabores está ajudando a valorizar o produto e manter o engenho.
E não há melhor recompensa para o esforço do que ver o produto fazendo sucesso e deixando muita gente com água na boca.
As rapaduras recheadas são vendidas por João por R$ 2,50. Por causa da adição de sabores, a validade do produto é menor, 90 dias. Já a rapadura tradicional pode durar até um ano.



Fonte: G1

Flora da Caatinga

Idealizada pelo colaborador Nicodemos Almeida, criei a pagina Flores da Caatinga, que tem por finalidade levar aos nossos leitores, e amantes do bioma Caatinga, ou na língua indígena "mata-branca", informações sobre taxonomia vegetal e curiosidades acerca das espécies nativas e endêmicas do bioma referido. Esperamos que gostem!


O link da página é: http://diacaatingaflora.blogspot.com.br/






Att.: Erli Pinto dos Santos
Téc. Agropecuário
Graduando em Agronomia - UEFS
(74) 91966275

terça-feira, 25 de junho de 2013

ALTAS TEMPERATURAS INFLUENCIAM ALIMENTAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE

A criação de frango de corte é caracterizada pelo rápido crescimento dos animais, devido à aceleração do metabolismo das aves juntamente com os avanços genéticos e nutricionais voltados para o crescimento acelerado.Contudo, a capacidade termorreguladora das aves continuou deficiente para enfrentar os desafios com as altas temperaturas.
Em países tropicais, como o Brasil, nas áreas quentes e úmidas tem-se umidade relativa do ar elevada, sendo este um dos maiores problemas, pois impossibilita que a ave elimine calor através da respiração, a temperatura e a umidade relativa do ar altas fazem com que o animal não consiga respirar de maneira satisfatória para remover todo calor que precisa dissipar de seu corpo. Em consequência há o aumento da temperatura corporal e as aves entram em estado de estresse.
O estresse causado faz com que as aves, diminuam a ingestão de alimentos que, consequentemente diminui os substratos metabólicos ou combustíveis disponíveis para o metabolismo, incapazes de oxigenar devidamente toda a massa muscular há a falência de diversos órgãos.
Alguns efeitos podem ser notados quando as aves estão sofrendo com o estresse causado pelo calor como: drásticas diminuições no consumo de alimento e no crescimento; eficiência alimentar reduzida e aumento no consumo de água, que dobra em relação às aves mantidas em temperaturas mais amenas.
A manipulação de proteína e aminoácidos em dietas de frangos estressados pelo calor segue duas estratégias opostas que podem ser usadas para aliviar os efeitos. A primeira constitui-se no uso de dietas com baixa proteína para limitar o incremento calórico,recomenda-se diminuir a proteína dietética com suplementação de aminoácidos essenciais. Já a segunda estratégia recomenda o uso de dietas com alta proteína para compensar o menor consumo alimentar causado pelo calor.
Observando alguns cuidados importantes é possível ter ganhos na produção, com uma criação qualitativamente satisfatória.
Fonte: Infobibos
Adaptação: Portal Suínos e Aves

segunda-feira, 24 de junho de 2013

O futuro do rio São Francisco.

O futuro de um dos mais importantes rios do Brasil, sua conservação, sua utilização na agropecuária, no turismo e na produção de energia hidrelétrica, e a Chesf enquanto um vetor de desenvolvimento econômico. Histórico da produção de energia na bacia.
Bloco 1

Bloco 2

Bloco 3

Reportagem produzido pela TV Senado e exibido no dia: 16/06/2013.

SOS Mata Atlântica busca doações para monitorar água em rios.

Demanda de pessoas interessadas em utilizar metodologia de monitoramento fez ONG cadastrar projeto de arrecadação pela internet; objetivo é atingir R$ 9.200

por Globo Rural On-Line
Wikipedia CommonsO rio Tietê, onde desembocam as águas da bacia do rio Jundiaí
Com o objetivo de formar cinco grupos de monitoramento da qualidade da água em rios da bacia do Rio Jundiaí, a Fundação SOS Mata Atlântica, através do programa Redes das Águas, cadastrou o projeto Observando os Rios no portal www.causacoletiva.com para arrecadar R$ 9.200.
O Rio Jundiaí nasce na Serra dos Cristais, no município de Mairiporã (SP), com extensão de 123 quilômetros, percorre sete municípios paulistas: Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista, Jundiaí, Itupeva, Indaiatuba e Salto, onde sua foz se une ao Rio Tietê. 

Os interessados podem contribuir, até o próximo dia 30, pelo link www.causacoletiva.com/rededasaguas, com valores que variam de R$ 20,00 a R$ 3.000,00.
Com o recurso arrecadado, a SOS realizará 60 coletas e análises da qualidade da água; distribuirá cinco kits de análise da qualidade, com 20 testes cada; fará cinco oficinas para capacitar os grupos sobre como analisar a água; incluirá as análises no sistema de dados do Observando os Rios na Rede das Águas e construirá um mapa com os indicadores. 

“Esse recurso não é para a SOS Mata Atlântica, mas sim para pessoas que têm interesse em monitorar a qualidade da água de rios e córregos de sua região, mas não podem. Como a demanda de pedido é maior que a nossa capacidade de atendimento, pensamos em usar esta plataforma para tornar isso possível. A Rede das Águas surgiu com esse perfil de mobilização e participação da sociedade e estamos dando continuidade a isso”, afirma Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica. 

Poderão participar dos grupos de monitoramento comunidades ribeirinhas, jovens e adultos, escolas, universidades, associações comunitárias, ONGs, comitês de bacias, entre outros, que farão parte do programa Observando os Rios da SOS Mata Atlântica. 
Programa Rede das Águas 
A Rede das Águas é um programa de informação e intercâmbio voltado à mobilização social para a gestão integrada da água e da floresta, além do fortalecimento e aprimoramento de políticas públicas.
Reúne os projetos da Fundação SOS Mata Atlântica relacionados ao tema água, como o Observando o Tietê, que nasceu em 1991 estimulado pela campanha pela despoluição do Rio Tietê e que reuniu 1,2 milhão de assinaturas num abaixo-assinado entregue ao Governo do Estado de São Paulo.
Consolidou-se como ferramenta de mobilização no setor de recursos hídricos e possibilitou o início das atividades de educação ambiental e mobilização ligadas ao tema água em rede social. 


Observando os Rios é uma metodologia que utliza a percepção da sociedade e parâmetros físicos, químicos e biológicos que são medidos por meio de kits de monitoramento da qualidade da água, para classificar, de acordo com a Legislação a condição ambiental da água. Essa metodologia é utilizada hoje em diversas bacias hidrográficas brasileiras, de dez Estados do bioma Mata Atlântica (SP, MG, PR, SC, RS, RJ, AL, CE, PE. GO e DF).

domingo, 23 de junho de 2013

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF): Lucratividade certa

Os constantes acréscimos que se verificam no custo de produção, fez com que a busca por sistemas agropecuários que sejam, ao mesmo tempo, produtivos, econômicos, intensivos e sustentáveis tem aumentado nos últimos anos.
Para aumentar a produtividade e compensar a margem de lucro, que está cada vez menor, se faz necessário intensificar o uso da terra, das pastagens que, via de regra, encontra-se degradadas e com produtividade muito aquém do seu potencial, havendo escassez de forragem durante o período seco do ano. O produtor florestal enfrenta dificuldades para manutenção dos maciços florestais, visto que há um período de vários anos de investimentos sem retorno econômico até que estejam prontos para colheita.
O sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) propõe juntar estas três atividades tornando-as numa só. A ILPF agrega diversificação de atividades, intensificação no uso da terra e sustentabilidade, além de aumentar a biodiversidade. Na sucessão à lavoura, o período de pousio dá lugar à pastagem que permanece na gleba de terra até uma próxima safra de grãos ou forragem (silagem, feno), fibras etc., o que pode demorar um, dois, três ou mais anos, conforme o planejamento da propriedade rural. Certo é que o sinergismo entre lavouras e forrageiras (capins para pasto) modifica o ambiente físico, químico e biológico do solo com benefícios para ambas. Daí até o interesse em agregar o componente florestal, foi questão de muito pouco tempo. Hoje, sistemas ILPF têm ganhado importância dentro da propriedade agrícola, pois permitem a continuidade na produção de grãos e de pastagens num patamar maior de produtividade e o segmento florestal representa uma poupança para o agropecuarista, pois os custos deste são menores em razão das outras atividades associadas, sejam lavouras ou pastagens.
A redução na pressão pelo desmatamento, tanto na busca por novas áreas de cultivo quanto por madeira, é sem dúvida dentre as várias vantagens que o sistema apresenta, a que merece destaque especial.
As probabilidades de ajuste entre os componentes do sistema são enormes e os ajustes se fazem necessários, dependendo do interesse do produtor e dos aspectos edafoclimáticos e mercadológicos. Para energia (carvão), madeira para escoras, postes ou toras para serrarias, o número de árvores por unidade de área irá diminuindo, respectivamente, bem como aumentando os espaçamentos. Havendo maior interesse pela produção agrícola, é de se esperar maior espaçamento entre as linhas de árvores como forma de diminuir o sombreamento nas faixas deplantios das lavouras. O segmento animal é o que apresenta maior flexibilidade dentro do sistema, pois as pastagens se ajustam bem a diferentes arranjos das árvores. Entretanto, estas diferentes possibilidades não modificam a essência das tecnologias, podendo apenas interferir no período de ocupação de cada segmento em particular dentro do conjunto das atividades agrossilvipastoris.
A ILPF é um sistema complexo que exige planejamento e melhor gestão da propriedade rural para uma perfeita sincronização da produção e que minimize riscos, sendo esta a principal dificuldade.
Os aspectos relevantes para implantação destes sistemas ILPF são:
Planejamento do sistema: O produtor que decidir pela implantação de um sistema ILPF deve procurar assistência técnica para planejamento de todas as etapas. O planejamento deve levar em conta tudo que o sistema irá demandar no intervalo de um ciclo completo das atividades, visto que pelo menos o componente florestal não poderá ser mudado após sua implantação e isso poderá demorar uma ou duas dezenas de anos.
Implantando o sistema: As lavouras é o segmento mais exigente e a adequação das condições químicas do solo deve ser feita tomando por base este segmento. Cada segmento agronômico/florestal tem o seu manejo específico. Assim, adubações de base e de cobertura e os tratos culturais seguem as recomendações técnicas para cada cultura em particular.
Primeiro deve se plantar as árvores, pois as suas linhas vão orientar o plantio das lavouras intercalares.  O espaçamento entre as linhas de árvores dependerá da finalidade de uso da produção florestal.
Em qualquer dos casos de produção florestal associado a lavouras ou apastagens, há possibilidade de implantar linhas duplas ou triplas de árvores num espaçamento menor, deixando faixas entre estas com a finalidade de cultivos intercalares de grãos e, posteriormente, implantação do pasto para criação de animais.
Manejando o sistema: Para o caso do eucalipto, que é uma árvore de crescimento rápido, geralmente nos dois primeiros anos são cultivadas lavouras intercalares às árvores, estabelecendo um sistema lavoura-floresta (agroflorestal). No segundo ano, o pasto já pode ser implantado consorciado com a lavoura. Neste caso, a lavoura deve ser de milho ou de sorgo, que suportam bem este consórcio. Em casos de lavoura de soja, ainda não é possível estabelecer o adequado plantio consorciado com espécies forrageiras sem que haja perdas de produtividade da oleaginosa, bem como transtornos na colheita; então, neste caso a pastagem deve ser implantada em sobressemeio ou posteriormente à colheita, se ainda houver umidade suficiente para o seu estabelecimento ou, então, deve-se esperar pela próxima estação chuvosa.
No segundo ano a utilização do pasto implantado juntamente com lavoura deve ter início após a recuperação do mesmo, depois da colheita do cereal. Como as árvores ainda não estão suficientemente desenvolvidas, até o segundo ano após o plantio é recomendável usar animais mais leves, especialmente no caso de bovinos para pastejo, pois animais maiores podem ocasionar quebra de árvores.
As vantagens da implantação dos Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária é que estes permitem o uso intensivo e sustentável do solo, com rentabilidade, desde o ano de sua implantação.  As produções intermediárias de grãos, fibras, carne, leite possibilitam renda e o custeio do povoamento florestal, de tal maneira que a colheita do produto florestal se transforma em verdadeira caderneta de poupança para o produtor. A diversificação das atividades também permite a fixação do homem no campo devido ao melhor aproveitamento da mão de obra durante todo o ano. A produção de madeira reduz a pressão de desmatamento, sobretudo no Cerrado e na Floresta Amazônica, contribuindo para melhorar a imagem do Brasil frente à opinião pública internacional.
A recomendação para quem deseja obter estes benefícios é seguir à risca o cronograma das atividades planejadas. Improvisações sempre contribuem para baixar a qualidade dos resultados.
Fonte: Grupo Cultivar
Autor(a): Ramon Costa Alvarenga e Miguel Marques Gontijo Neto

segunda-feira, 17 de junho de 2013

17 de Junho – Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca


Desertificação é a perda da capacidade de renovação biológica das zonas áridas, semiáridas e subúmidas. Este é um dos processos que mais seriamente ameaçam a humanidade, caracterizando um problema mundial que atinge, pelo menos, um quinto da população do planeta ao longo de mais de cem países, causando imensas repercussões. 

No Brasil, as áreas susceptíveis à desertificação são as regiões de clima semiárido ou subúmido seco, encontrados no Nordeste brasileiro e norte de Minas Gerais. Situam-se nesta região suscetível 1201 municípios, numa área de 1.130.790,53 km², 710.437,30 km² (62,8 %) de clima semiárido e 420.258,80 km² (37,2 %) de clima subúmidos secos.

As queimadas são um sério agravante desse processo. Comumente utilizadas nessas regiões para "limpeza" do solo, as queimadas destroem a microfauna do solo, micro-organismos que interagem e participam de diversos ciclos inorgânicos, como o ciclo do nitrogênio. A destruição desses micro-organismos prejudica a fertilidade do solo e diminui a quantidade de nutrientes disponíveis. As consequências das queimadas permanecem por diversos anos.

O semi-árido brasileiro também apresenta em 10% de sua área processos graves de desertificação.

Neste Dia, reafirmemos a nossa determinação de combater a desertificação e a degradação dos solos e de atenuar os efeitos da seca e reconheçamos que cuidar dos nossos solos significa cuidar de toda a vida na Terra.


Leia mais em:Defensores do Bioma Caatinga

sábado, 15 de junho de 2013

Dia Mundial de Combate à Desertificação

Em 1994 a Assembléia Geral da ONU proclamou que o dia 17 de junho ficaria marcado como o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca. Este dia foi aprovado para que aumentasse a sensibilização da opinião pública sobre a necessidade de promover a cooperação internacional no combate à desertificação e aos efeitos da seca.

 Fotos - Nicodemos Almeida

Desertificação é o efeito causado por um conjunto de fenômenos que levam a determinadas áreas a se transformarem em deserto, que são locais onde se tem o clima essencialmente árido, onde a evaporação é bastante elevada, causando falta de água e baixo desenvolvimento da biosfera.
Segundo o Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca – PAE/CE (2010), desertificação é a degradação da terra nas zonas áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, incluindo as variações climáticas e as atividades humanas como desmatamento, queimadas, cultivo e criação de animais de forma desordenada.
O combate deve ser feito através de diversas atividades como educação ambiental para prevenção da desertificação, disseminação de técnicas sustentáveis de produção agropecuária e programas de recuperação de áreas degradadas.
O QUE VOCÊ PODE FAZER
•  Apóie e participe de iniciativas e ações contra a destruição da caatinga e ajude a recuperar áreas de mata
ciliar (beira de rios e nascentes) com espécies nativas;
•  Informe-se sobre a origem do carvão e da lenha consumida em padarias, pizzarias e churrascarias. O carvão
e a lenha legalizados são produzidos de forma sustentável, através de manejo florestal. Priorize os locais que
utilizem carvão e lenha legalizados. Toda retirada de madeira deve ser comunicada aos órgãos ambientais,
denuncie a atividade ilegal;
•  Compre móveis feitos com madeira certificada pelo FSC (certificação florestal). Esse selo é a garantia que a
madeira é oriunda de um processo produtivo ecologicamente adequado e socialmente justo, seguindo todas
as leis vigentes;
•  Informe-se sobre habitações ambientalmente corretas, que aproveitam água da chuva, reutilizam água cinza, usam energia solar ou eólica e técnicas de iluminação e ventilação natural, essas informações podem
ajudá-lo a adaptar a sua casa;
•  Utilize mais o transporte coletivo e a bicicleta, que poluem menos e contribuem menos para o aquecimento
global. Se for usar o carro, utilize combustíveis de transição, como o álcool e o biodiesel e faça manutenção
periódica;
•  Pressione os governos a investirem mais na produção de energias renováveis e eleja os que possuem
discurso e prática ambientais;
•  Consuma de forma consciente: planeje suas compras, compre menos e melhor. Use só o necessário, reflita
sobre suas reais necessidades. Reutilize produtos, separe materiais recicláveis e certifique-se de que o seu
lixo está tendo uma destinação correta;
•  Opte por produtos ecológicos e que tenham embalagens retornáveis ou recicláveis, isso reduz o consumo da
matéria-prima e o impacto do processo de fabricação.
•  Rejeite produtos com embalagens excessivas e sacolas plásticas, leve bolsas e sacolas próprias para as
compras.
O QUE AS EMPRESAS PODEM FAZER
•  Seguir rigorosamente as instruções normativas quanto à redução de emissão de poluentes;
•  Manter áreas vegetadas de sua propriedade, criar Reservas Particulares do Patrimônio Natural e incentivar a proteção das florestas;
•  Seguir os princípios da Responsabilidade Social Empresarial;
•  Apoiar o desenvolvimento de pesquisas que busquem soluções sustentáveis;
•  Utilizar energias limpas e deixar de queimar madeira e lenha;
•  Neutralizar suas emissões de gás carbônico;
•  Optar por arquitetura sustentável que utilize de forma eficiente iluminação e ventilação natural, reaproveitamento de água, etc.;
•  Substituir a energia poluente (petróleo, nucleares e grandes hidrelétricas) por energia sustentável (solar, eólica, pequenas hidrelétricas, biogás) e pressionar os governos a investirem mais nessas energias.

MDA e Embrapa discutem ações para aumentar a produção de leite na agricultura familiar


Representantes de 23 unidades da Embrapa estiveram reunidos com o assessor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Hur Ben Correa da Silva, na sede da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG). A reunião, que também contou com a presença de técnicos da Emater-MG, Epagri e MDA, ocorreu nos dias 11 de 12 de junho e teve como objetivo debater as diretrizes para o edital de contratação de instituições de assistência técnica e extensão rural, que irá capacitar 50 mil produtores de leite de base familiar em todo o país.

O MDA irá investir R$ 50 milhões neste processo, que visa melhorar a eficiência e qualidade da produção de leite de base familiar, ampliando a participação de pequenos produtores no mercado. O diretor de Transferência de Tecnologias da Embrapa, Waldyr Stumpf, que esteve presente à reunião, disse que esta é uma rara oportunidade de se construir um edital de transferência de tecnologia com a participação do elo da pesquisa.

Segundo a chefe-adjunta de Transferência de Tecnologias da Embrapa Gado de Leite, Elizabeth Fernandes, cerca de 90% dos produtores de leite do país produzem menos de 100 litros de leite/dia. Para se manterem competitivos, a expectativa é que a produção alcance pelos menos o patamar de 100 litros.

O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela afirma que, para o produtor de base familiar, mais do que desenvolver novas tecnologias é preciso garantir que as existentes cheguem ao campo de forma correta.

Hur Bem tem o mesmo pensamento: “as tecnologias existem e muitas delas não representam custo algum. O que falta é habilitar o produtor a adotá-las, daí a necessidade de um amplo programa de capacitação”.


A Embrapa irá ajudar na identificação das bacias leiteiras que serão objeto de trabalho, estudando os gargalos da produção e propondo soluções. A instituição irá capacitar multiplicadores da assistência técnica e extensão rural, contratados por meio do edital, que por sua vez levarão os conhecimentos ao produtor. Segundo o assessor do MDA, em cerca de três meses, as ações já estarão sendo aplicadas no setor produtivo.
Fonte: Embrapa

terça-feira, 11 de junho de 2013

PLENÁRIA: DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO

No próximo dia 14 de Junho de 2013, acontece em Itiúba - BA,  Plenária com discussões sobre DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO. Com o tema:“ POR UM  BRASIL RURAL COM GENTE DO JEITO QUE A GENTE QUER” . Venha participar, traga as suas ideias e compartilhe conosco.

Pesquisador discute aproveitamento de águas salobras em cultivos hidropônicos

Sistema HidropônicoO programa Semiárido em Foco desta sexta-feira, dia 07 de junho, traz como convidado o pesquisador Tales Miler Soares, professor adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, doutor em irrigação e drenagem. O tema da palestra será “Aproveitamento de águas salobras em cultivos hidropônicos”. O projeto apresentado é desenvolvido pelo pesquisador nas cidades de Cruz das Almas (BA), Ibimirim (PE) e Piracicaba (SP) e pretende demonstrar a viabilidade técnica da produção hidropônica com o uso de águas salobras. Trata-se de um tema importante para o Semiárido brasileiro, uma região marcada pela relativa escassez de água, mas sobretudo pela ineficiência  e falta de racionalização do uso da água. Dois comentaristas formarão   com o palestrante a mesa de abertura e acompanharão a palestra do pesquisador Tales Miler fazendo observações no final da explanação, que são o professor da Universidade Federal Rural da Bahia, Hans Raj Gheyi, doutor em ciências do solo e a historiadora Dilei Aparecida Schiochet, representante do Movimento dos Sem Terra (MST). As águas subterrâneas do Semiárido em geral são salobras e quando usadas na agricultura convencional aumentam a quantidade de sais no solo desvalorizando a terra. Também se deve evitar o uso dessa água para consumo humano pela possibilidade de causar hipertensão e cálculos renais. Em conseqüência da água dos poços perfurados na região semiárida ser em geral salobra, comumente estes reservatórios são subutilizados e costumam ser abandonados. Porém a técnica da hidroponia, que consiste na produção agrícola sem a presença do solo, possibilita o uso dessa água e o resgate de poços abandonados. Já que pesquisas recentes demonstraram resultados promissores sobre a qualidade dos produtos cultivados, que não apresentaram os sintomas da absorção excessiva de sais. A economia de água promovida pelos sistemas hidropônicos indica a hidroponia como uma das alternativas adequadas para a produção agrícola no Semiárido.  Para vários especialistas em recursos hídricos a técnica hidropônica deveria ser elevada à categoria de política pública para que novos projetos agrícolas com aproveitamento das águas subterrâneas e  com características salobras sejam desenvolvidos. Conheça o Programa O Programa Semiárido em Foco tem como objetivo difundir e refletir sobre pesquisas, experiências e conceitos associados ao campo da Ciência, Tecnologia e Inovação no Semiárido brasileiro. Surgiu como resultado de uma ação iniciada em 2011, que teve a intenção de socializar e discutir os estudos e pesquisas realizadas, bem como propiciar um espaço de interação para pesquisadores e técnicos do Insa. Esta ação foi ampliada em 2012, na perspectiva de contribuir para a construção de novas linhas de pensamento e caminhos para nossa região, seja no universo rural ou no urbano, buscando valorizar as potencialidades locais, articulando e mobilizando diferentes atores que atuam ou são interessados pela região. As atividades do Semiárido em Foco acontecem todas as sextas-feiras, na sede do Insa/MCTI, em Campina Grande (PB), a partir das 14h e são abertas ao público.

Leia mais em: http://www.insa.gov.br/noticias/pesquisador-discute-aproveitamento-de-aguas-salobras-em-cultivos-hidroponicos/

segunda-feira, 10 de junho de 2013

I Reunião Nordestina de Ciência do Solo em Areia - PB

about usA Reunião Nordestina de Ciência do Solo – RNCS, é um evento técnico-científico, promovido pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, e tem por objetivo proporcionar aos profissionais de instituições públicas e privadas de ensino, pesquisa, extensão, cooperativas, produtores e estudantes, a discussão de problemas relacionados ao uso sustentável dos solos da região, por meio da difusão dos resultados de pesquisas e de novas tecnologias. Para alcançar o objeto proposto o tema escolhido foi “Soluções e Desafios para o Uso Sustentável dos Solos da Região Nordeste”, que será subsidiado por palestras, minicursos, apresentação de pôsteres, simpósio e visita técnica. As palestras versarão sobre o Levantamento e classificação de solos do Nordeste; Solos tiomórficos do Nordeste: propriedades e manejo; Mapeamento digital de solos: desafios e perspectivas; Uso e Manejo de solos frágeis (solos arenosos); Práticas vegetativas para conservação e recuperação de solos; Processos e propriedades biológicas dos solos; O solo da física e a física do solo; Fertilidade dos solos; Manejo e Conservação do solo; Poluição, remediação do solo e recuperação de áreas degradadas; Disponibilidade de fósforo e potássio em solos do Nordeste; Manejo de solo-água-planta em solos afetados por sais; Visualizador de Zoneamentos (ViZon); Zoneamento agroecológico do estado de Alagoas e Sul do Ceará (1:100.000) e Quarenta anos de imagem de satélite e suas implicações para o estudo do meio ambiente. Os Minicursos oferecidos abordarão sobre os tópicos: Macromonolitos –uma ferramenta didática para o ensino da Ciência do Solo; Aptidões ecológicas de terras em pequenas propriedades; Potencialidades de classes de solos para a construção de barragens subterrâneas no Semiárido do Nordeste brasileiro e Noções sobre Zoneamento Agroecológico. O simpósio incidirá sobre o tema “Academia, Sociedade e Governo, como integra-los?”. A visita técnica consistirá da observações de perfis e classificação de solos do estado da Paraíba. A Primeira Reunião Nordestina de Ciência do Solo está sendo organizada pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba (CCA/UFPB), e será realizada nas instalações do CCA-Campus II da UFPB, localizado na cidade de Areia, no período de 22 a 26 de setembro de 2013. São esperados mais de 400 participantes.O Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo (PPGCS/CCA/UFPB),a EMBRAPA Solo-PE e o INSA (Instituto Nacional do Semiárido), juntamente com seus apoiadores e patrocinadores os aguardam em Areia para o sucesso do evento. Cordialmente.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Descaso com a Caatinga e com o sertanejo: cisternas de polietileno.

Atitudes de interesse político e nada mais. Nunca se viu um governo tão apressado em atingir um recorde na distribuição de cisternas pelo semiárido brasileiro. Aliás, se é que pode-se chamar isso de cisterna,uma tecnologia onde os beneficiados são apenas os fabricantes. Existem tecnologias aplicáveis à confecção de cisternas, como a cisterna de tela de arame galvanizado lançada pelo IRPAA (Instituto Regional da Pequena Agricultura Apropriada) há décadas atrás, de custo muito baixo, comparando com o benefício proporcionado pela tecnologia. Como se trata de armazenamento de água para consumo humano, a Fundação Banco do Brasil, possui também uma tecnologia interessante de armazenamento de água, que são os lagos de múltiplo uso. O preço de aquisição, o que o governo paga por uma cisterna dessas, seria suficiente para construir várias cisternas de tela de arame. Sem contar com a parte social, uma vez que o homem do campo quando participa da confecção daquilo que irá lhes beneficiar, a valorização que ele dará ao bem construído é muito maior que o valor que ele dá, se é que ele dá algum valor, a uma engabelação dessas, denominada cisterna de polietileno.

Estamos na semana do meio ambiente. Sendo a agressão ao meio ambiente à questão talvez mais importante a ser avaliada na distribuição dessas cisternas. Talvez mesmo... Seria o quesito mais importante, porém não parece, pois o resíduo que essas cisternas deixam ao final da vida útil de utilização é prejudicial à natureza, a manutenção dos solos, a vegetação, a qualidade da água armazenada em aquíferos subterrâneos. Precisamos de atitudes que minimizem o rastro do ser humano, o nosso rastro no ambiente, pelo contrário, estamos e distribuindo toneladas de plástico pela caatinga. Caxios, barreiros, cisternas calçadão, tantas outras tecnologias públicas mais, eficazes e eficientes, e vamos continuar distribuindo material degradante pelo meio afora?

Att.: Erli Pinto dos Santos
            Téc. Agropecuário
Graduando em Agronomia

Governo anuncia investimentos de mais de R$ 39 bilhões para a agricultura familiar

A partir da próxima safra, a agricultura familiar vai contar com recursos de R$ 39 bilhões destinados ao conjunto de medidas do governo federal para o setor. O Plano Safra 2013/2014, lançado nesta quinta-feira (6) pela presidenta Dilma Rousseff, e pelo ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, em Brasília (DF), aprimora a política para o campo e promove o desenvolvimento. “Queremos ampliar a capacidade de investimento na agricultura familiar, para aumentar a produtividade, a tecnologia, a renda e a produção de alimentos”, afirma Pepe. 
O Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), principal fonte de crédito de custeio e investimento dos produtores, terá recursos de R$ 21 bilhões – uma expansão de mais de 400% desde 2003. 
O lançamento para a safra 2013/2014 marca os dez anos do Plano para a agricultura familiar. Nesse período, a renda da agricultura familiar cresceu 52%, o que permitiu que mais de 3,7 milhões de pessoas ascendessem para a classe média. O segmento é responsável por 84% dos estabelecimentos rurais do País; 33% do Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário e por empregar 74% da mão de obra no campo. 
Durante o lançamento do Plano Safra para a agricultura familiar, o governo federal anunciou a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). A parceria da agência com a Embrapa vai ampliar o número de famílias produtoras atendidas e qualificar a assistência técnica. “A ideia é fazer algo que nunca aconteceu no Brasil: aproximar a pesquisa  agropecuária à extensão rural”, ressaltou Vargas. 
Novidades do PRONAF 
No Plano Safra 2013/2014, o Pronaf inova mais uma vez e chega aos agricultores com condições ainda melhores. A primeira mudança é na ampliação do limite para o enquadramento no programa. As famílias com renda de até R$ 360 mil no último ano poderão contratar o crédito e, assim, investir na produção. 
Para o custeio, os limites de financiamento passaram de R$ 80 mil para R$ 100 mil, com taxa de juro menor que a praticada na safra passada: 3,5%. Vale lembrar que o Plano Safra 2012/2013 negativou os juros, ou seja, todas as taxas estavam abaixo da inflação (4%). 
Para a linha de investimento, o limite também mudou. A partir de julho deste ano, os agricultores poderão contratar até R$ 150 mil por operação. Para as atividades que necessitam de maior mobilização de recursos, como a suinocultura, a avicultura e a fruticultura, o valor para o investimento mais que duplica: passa a ser de R$ 300 mil. Para os investimentos feitos em grupo, o valor chega a R$ 750 mil. 
Seguros 
Além de facilitar o acesso ao crédito, o governo federal também aperfeiçoou as ferramentas que dão segurança aos produtores rurais. Para a próxima safra o Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) vai receber R$ 400 milhões. O mecanismo de prevenção é disponibilizado aos agricultores que contratam financiamentos de custeio e investimento agrícola do Pronaf. A adesão é automática e permite a cobertura da parcela do financiamento. 
Outra ferramenta para a garantia de renda dos agricultores familiares é o Garantia-Safra - ação voltada para a área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), majoritariamente semiárida. 
Para a safra 2013/ 2014 o número de cotas para o programa será ampliado para 1,2 milhão de famílias. Em caso de perdas de pelo menos 50% da produção, essas famílias poderão receber o benefício, que nesta safra recebeu o montante de mais de R$ 980 milhões. 
PAA 
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) também tem inovações. Para a próxima safra, o governo ampliou o limite de aquisição anual por família, que saltou de R$ 4,5 mil para R$ 5,5 mil. Para aquelas ligadas às cooperativas, passou de R$ 4,8 mil, na última safra, para 6,5 mil, anualmente. Quando os projetos de venda forem formados por ao menos 50% dos cooperados com perfil de pobreza e quando os produtos forem exclusivamente orgânico, agroecológicos ou da sóciobiodiversidade, o limite de venda por família passa a ser de R$ 8 mil. 
Na última safra, o governo federal criou a modalidade Compra Institucional, que se juntou às outras modalidades já praticadas, que são: Formação de Estoque, Compra Direta, Compra Direta com Doação Simultânea e Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite. 
Pnae 
Para que a escola tenha uma merenda mais saudável, o governo federal reservou R$ 1 bilhão para a compra de produtos da agricultura familiar. Por meio da aquisição de, no mínimo, 30% dos recursos destinados à alimentação, repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), os municípios brasileiros estimulam a agricultura familiar a produzir cada vez mais. 
Garantia de preços 
Outra medida importante do governo federal para a agricultura familiar é a garantia de preços. O Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF) assegura desconto no pagamento do financiamento às famílias agricultoras que acessam o Pronaf Custeio ou o Pronaf Investimento, em caso de baixa de preços no mercado. Para esta ferramenta estão disponíveis R$ 33 milhões. 
Na safra 2013/2014, o Programa poderá garantir um valor maior para determinados produtos definidos pelo governo federal para assegurar maior renda e estímulo à ampliação da produção de produtos estratégicos para o abastecimento do mercado interno. 
A medida estimula a produção da agricultura familiar, ampliando a oferta de alimentos com estabilidade de preços para o consumidor. 
O governo federal vai ampliar ainda a proteção de preço de mais de 50 culturas entre elas o arroz longo fino em casca, o cará e o feijão.

Assinatura

Exposição ilustra 10 anos do Plano Safra da Agricultura Familiar



Lutas e vitórias retratadas em fotografias. Durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2013/2014, na manhã desta quinta-feira (6), visitantes puderam conferir como os programas do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) mudaram a vida de famílias da agricultura familiar de todo o Brasil. A exposição “Dez Anos do Plano Safra” mostra a história de dez agricultores que puderam melhorar suas produções na última década. 

Nesse período a renda da agricultura familiar cresceu 52%, o que permitiu que mais de 3,7 milhões de pessoas ascendessem para a classe média. Juanice Boszcz, 25 anos, veio de Contenda (PR), para ver de perto sua história exposta no Palácio do Planalto. Ela conta que a experiência é emocionante. “A gente trabalha, trabalha e momentos como esses nos mostram que o resultado do nosso suor é gratificante. A exposição está real e belíssima”, classifica. 

Na linha do tempo, a história do plano ganha vida com a ilustração de pessoas e produtos que constroem a agricultura familiar. A peça conta a evolução do plano detalhando o número de investimentos ano a ano. Ainda é possível conferir a criação dos programas que hoje fazem parte do conjunto de ações do ministério. 

Romulo Correia Sacramento, 52, também veio de seu município, Cametá (PA), com sua esposa Lidiane Pacheco, 23, para ver a mostra. O agricultor conta que é gratificante ver que o ministério continua lutando pelos agricultores. “Há dez anos eu produzo açaí e há dez anos o MDA, por meio do Pronaf, me ajuda a melhorar minha renda, cada vez mais”, enfatiza. 

A exposição ainda ofereceu um coquetel com produtos da agricultura familiar de produtores da região do Distrito Federal. Sucos de frutas, água de coco, pão de queijo, folheados e outros salgados, todos feitos com as mãos daqueles que produzem a maior parte dos alimentos consumidos no país.

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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Biocontrole para Lagartas - Desenvolvido pela EMBRAPA



O baculovirus anticarsia, inseticida natural, foi desenvolvido pela Embrapa na década de 80. Além de não trazer problemas para o meio ambiente, o controle biológico através do uso da própria lagarta oferecia também um baixo custo para os produtores. Só que ao longo do tempo a técnica foi caindo no desuso.
O momento ideal para produzir o baculovirus é logo após o ataque da planta, quando as lagartas estão com a maior carga viral. Para produzir 20 gramas do inseticida natural são necessárias entre 50 e 70 lagartas de tamanho grande. Depois de amassadas e coado o líquido, o produto é diluído em 200 litros de água. Quantidade suficiente para pulverizar um hectare. Se a quantidade de lagartas for maior você poderá usar um liquidificador para triturar os insetos, e se houver necessidade o líquido poderá ser congelado. Depois de aplicado na lavoura, o inseticida mata a lagarta entre 7 e 9 dias.
 
Flávio Moscardi, pesquisador aposentado da Embrapa, foi o criador da técnica.
 
– Ele é inofensivo para vertebrados – inclusive o homem, e plantas. Ele só mata o inseto que ele infecta, que é a lagarta da soja. Também não polui o solo ou as águas. Ele é inócuo e também não tem impacto sobre outras espécies, inclusive de insetos como outras lagartas e também parasitóides predadores que são os inimigos naturais. As vantagens são muito grandes, além do custo ser barato – explica o pesquisador.
– A grande vantagem é que ele pode ser aplicado apenas uma vez contra as lagartas pequenas. E essas lagartas vão morrendo, e quando morrem contém uma quantidade muito grande de partículas virais que se multiplicam em todos os tecidos da lagarta e com isso sempre há a liberação de mais vírus sobre as plantas da soja, gerando a morte de lagartas que eclodem de posturas feitas depois da aplicação.
 
Há 10 anos, o baculovírus chegou a ser utilizado em dois milhões de hectares de soja em todo o brasil. o inseticida foi um dos maiores exemplos de controle biológico.
Atualmente, a área tratada com o baculovírus é bem menor: são apenas 200 mil hectares de soja em todo o país. o uso diminuiu devido a novas práticas de controle de pragas.
 
– Infelizmente, começou-se a aplicar cada vez mais cedo, com as plantas ainda pequenas, ou antes da soja nascer na dessecação. Se incutiu que deveria se aproveitar as aplicações. Ao se fazer a aplicação de herbicidas, por exemplo, que se misturasse inseticidas químicos de amplo espectro que na verdade levaram a um desequilíbrio. E com isso se eliminava muito cedo os inimigos naturais de pragas – comenta o pesquisador da Embrapa.
– Com isso, o produtor acabou aumentando o número de aplicações. Obviamente, que tendo problemas com essas outras pragas, não dava para ele usar o baculovírus, que é específico para a lagarta da soja anticarsia gemmatalis. Então se gerou uma inversão de valores dando status de praga para insetos que antes não eram pragas – finaliza.
 
Depois de criar a técnica do baculovírus na década de 80, o pesquisador Flávio Moscardi vai conduzir um novo estudo. Para o colega Adeney Bueno, também pesquisador da Embrapa, o resultado pode corrigir um grande erro.
 
– Existe um projeto recém-aprovado na Embrapa que vai estudar a compatibilidade de se misturar o baculovírus com herbicidas, por exemplo. Porque o produtor, quando vai aplicar o herbicida na pós-emergência, sente a necessidade de aproveitar a operação agrícola. Muitas vezes, ele mistura inseticidas de longo espectro, que acabam tendo efeito danoso à lavoura porque eliminam os inimigos naturais, causando um desequilíbrio que faz com que outras pragas que não cresceriam a ponto de serem pragas ocorram. Então, se o doutor Flávio provar que dá para usar o baculovírus junto com o herbicida, essa aplicação seria muito menos danosa. Além de controlar a lagarta da soja, ia permitir a preservação de inimigos naturais e que outros problemas sejam minimizados – afirma.
– Essa é uma grande esperança nossa. O desuso do baculovírus foi um grande erro que tem não só aumentado o número de aplicações de inseticidas, como também acarretado muitos problemas.