quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Rússia, Brasil, Argentina e E.U.A.: Boi em “alta”!

Muito se utiliza na economia, a célebre frase: se te devo um mil reais, você está em minhas mãos, porém, se te devo um milhão de reais, você está em minhas mãos.
Pois bem, fazendo-se uso dizer “popular” em suma podemos lançar-lhes mão para explicar certos fatos ocorridos e decorrentes nas linhas de mercado do agronegócio do nosso país. Refiro-me dessa forma às recentes acontecimentos no mercado de carne no mundo. De um lado, deixado de mão, os E.U.A., principal fornecedor até então da Rússia, e de outro lado, na atualidade, o Brasil e Argentina como maiores exportadores de carne bovina (principalmente) para a Rússia, e a própria como principal importador de tal produto.
Atento-me à fragilidade do mercado interno, e a falta de favorecimento para fazer surgir um mercado interno e aguçar cada vez mais esse mercado.
Após as manifestações estadunidenses quanto à intervenção russa no território ucraniano, indo de contra a intenção russa, fazendo com que a Rússia tomasse medidas comerciais, tornando fechadas às portas internas para o produto oriundo dos Estados Unidos e abrindo-se assim, as portas para os exportadores Latinos, Brasil e Argentina respectivamente.
Tal ação por parte do governo russo, tem provocado entusiasmo e ânimo nos pecuaristas brasileiros, de tal forma que a afirmação se fundamenta nos preços do Boi Gordo registrados pelo CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) nos últimos meses, onde os preços da arroba (@) do animal vem registrando recordes de R$ 129,00, R$ 130,00 a cada dia, e isso tem chamado cada vez mais atenção de criadores. Consequentemente vem-se incorporando investimentos nas áreas de pecuária. A alta no preço do boi gordo vem influenciando inclusive no preço das novilhas, as quais a carne é geralmente menos valorizada, pelo fato de serem abatidas mais velhas que os machos; é o que mostra a reportagem do Globo Rural: Alta na Arroba do Boi Impulsiona Aumento no Preço das Fêmeas.
Não se pode deixar nas mãos de um único mercado consumidor, toda uma produção, ainda mais, sendo uma produção representativa e que tem uma grande importância não somente econômica, porque a geração de empregos está atrelado ao setor e quebras nele pode acarretar em prejuízos sociais. Olho aberto, e induções na formação de um mercado consumidor interno também, para que possa ser alcançado um nível de seguridade na manutenção do setor. Não me admire que daqui alguns meses, possa ocorrer uma reversão e a quebra da economia pecuária.


Texto de: Erli Pinto dos Santos
Técnico em Agropecuária
Graduando em Eng. Agronômica – UEFS

(74) 9196-6275