quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Itiúba - BA realiza 1º Minicurso para a produção sustentável de Frangos e Galinhas Caipiras no Semiárido

No ultimo dia 23 de outubro de 2013, aconteceu na comunidade de Alto de São Gonçalo o 1º Minicurso para a produção sustentável de Frangos e Galinhas Caipiras no Semiárido, este trabalho é uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Itiúba – BA via Secretaria Municipal de Agricultura (SEMAGRI) e a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), objetivo principal deste minicurso é levar ainda mais conhecimento aos Agricultores Familiares para que eles consigam desenvolver praticas de trabalho sustentável e alie manejo adequado à rentabilidade da produção.
A produção de Frangos e Galinhas Caipiras no município de Itiúba nas comunidades rurais ainda é muito rústica, muitas vezes tornando-se pouco lucrativas e muitas vezes improdutivas, então o minicurso está divido em dois módulos, o primeiro basicamente é uma introdução às boas praticas de manejo, construções rústicas, porém funcionais, e o principal enfoque produção de rações a base de plantas do semiárido (palma, leucena, pau de rato, mandioca etc.) com isso a uma diminuição brusca dos custos com a produção. O segundo módulo acontecerá após a visita de uns dos técnicos e se algumas das orientações do primeiro estiverem sendo seguidas, tratando-se de praticas in loco para melhorias de instalações de algum dos agricultores envolvidos no projeto.
Foto Nicodemos Almeida
Segundo pessoas da comunidade “Essas ações por parte da Prefeitura e EBDA, são de extrema importância, pois acabam aproximando as pessoas das equipes técnicas e levando conhecimento e consequentemente melhorando as perspectivas produtivas e consequentemente atingindo o objetivo de melhoria da qualidade de vida”.  

Para os técnicos Adailton dos Santos, Francisco Noia, Nicodemos Almeida é sempre um prazer poder levar até as comunidades os conhecimentos adquiridos por eles durante a suas vidas profissionais, e se essas ações atingissem mais comunidades, seria uma realização, pois conseguiríamos contribuir com uma pequena parcela para que aconteça a melhoria da qualidade de vida dos agricultores e agricultoras familiares do município de Itiúba. 

Acervo Pessoal

Acervo Pessoal 

Foto: Nicodemos Almeida

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Tecnologias permitem produzir morango fora do solo

A técnica já é utilizada por produtores italianos ( cime radicate) e americanos ( plug plant) e por viveiristas de hortaliças em São Paulo - onde se colhe estolões produzidos a partir de plantas matrizes acondicionadas em sacolas plásticas ou em hidroponia, e se enraiza o estolão em substrato comercial.
A principal vantagem desse sistema é a antecipação da produção de estolões, entre janeiro e março, o que consequentemente reduz o tempo de formação da muda, propiciando a antecipação do plantio. Ao final de maio, elas estão prontas para o início da colheita, justamente no período onde quase não há morangos gaúchos no mercado e quando o fruto alcança até o triplo do valor.
As mudas são produzidas em bancadas dentro de casas de vegetação, utilizando variedades de dias curtos e neutros (que independem do tempo de exposição à luz solar para atingir níveis adequados de produção).
"A produção de mudas fora de solo permite o total controle sanitário e nutricional das mudas durante os estágios, proporcionando assim plantas com qualidade fisiológica e fitossanitária", explica o pesquisador Luís Eduardo Antunes.
O novo sistema não substituirá a muda importada, mas será uma alternativa para o produtor. A Produção de Mudas de Morango no Sistema Fora do Solo está em fase de validação, mas os pesquisadores acreditam que, em pouco tempo, já estará disponível aos produtores de morango gaúcho.
O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor nacional de morangos, com uma média de produção de 26 mil toneladas. Com o uso intensivo da produção de morangos, e devido à necessidade de rotação de áreas dentro da propriedade, pequenos produtores se veem obrigados a replantarem em áreas onde houve histórico de produção recente. Esta repetição de áreas, juntamente com condições climáticas adversas, leva ao aumento de doenças, e por consequência, o aumento no uso de agrotóxicos.
Uma alternativa técnica também utilizada é o Sistema de Produção de Morango Fora do Solo. Neste método os morangueiros são plantados em canteiros suspensos, dentro de túneis plásticos altos, sem o contato com o solo. As plantas são colocadas em sacolas plásticas tubulares (slabs), contendo substratos a base de casca de arroz carbonizada e composto orgânico. O fornecimento de água e nutrientes se dá através de soluções nutritivas aplicadas via irrigação com tubos gotejadores.
Como forma de aumentar a eficiência deste sistema, está em teste no Rio Grande do Sul, um sistema de produção fora do solo com Recirculação da Solução Nutritiva, ou Sistema Hidropônico Recirculante, onde a solução aplicada é reaproveitada após a drenagem. Este sistema evita a perda de água e fertilizantes não utilizados pelas plantas, reduzindo a contaminação do ambiente e os custos de produção.
Este trabalho vem sendo conduzido pela equipe de fruticultura da Embrapa Clima Temperado, com dedicação especial dos pesquisadores Carlos Reisser Júnior e Luís Eduardo Antunes. Além destes, fazem parte do trabalho a professora Roberta Marins Nogueira Peil, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Bruno Ludtke, da Emater/RS-Ascar e produtores da Associação dos Produtores de Morango do Município de Turuçú (RS).
Além da redução do uso de adubos químicos e agrotóxicos, o sistema permite melhores condições de trabalho para o produtor. "O trabalho pode ser realizado com qualquer condição de clima", comenta Carlos Reisser. "Esse é o diferencial deste Sistema, ao ser favorável ao uso de cultivares de dias neutros, possibilita que se colham morangos durante a entressafra regional, levando maior rentabilidade econômica ao produtor", ressaltou Luis Antunes.
A Serra Gaúcha, próximo aos municípios de Caxias do Sul e Vacaria/RS, por possuir amplitudes térmicas diárias adequadas à esta produção, com dias quentes e ensolarados e noites fritas, se tornou a maior região produtora de morangos do Brasil durante o período de verão. Nesta região vem crescendo o número e a área cultivada fora do solo, mostrando a importância de se evoluir em sistemas modernos que protejam o consumidor e viabilizem técnica e economicamente a rentabilidade à propriedade.
Essas tecnologias foram demonstradas no último dia 17, durante o evento organizado pela Embrapa Clima Temperado e Associação dos Produtores de Morango de Turuçu, nas propriedades do produtor familiar Marciano Belling, e de Alvacir Neuschrank.
A família Belling iniciou a produção do morangueiro com a técnica de Produção Fora de Solo neste ano. As primeiras mudas foram plantadas no dia 30 de maio de 2013. A área de produção conta com duas mil plantas dentro deste Sistema (hidropônico) e no convencional, somam sete mil plantas. Em dois meses de produção, a família colheu cerca de 300kg - mais ou menos 1kg/planta -. "Esse sistema é menos cansativo, pois a mão de obra é mais fácil e se reduz a aplicação de defensivos", falou o agricultor.
Segundo o pesquisador Carlos Reisser Júnior, a Produção Fora de Solo produz mais por metro quadrado do que a convencional e permite também a produção do fruto durante o verão, que não é a época de produção. "O custo é maior, mas é viável", confirma.
Quanto à mão de obra ser facilitada está na justificativa: "o produtor trabalha em pé, e isso faz ele render mais", defende. A produção é sustentável, de acordo com o pesquisador, pela diminuição do uso de agrotóxicos, o que confere à nova técnica um diferencial atraente, mantendo também o produtor livre do contato com químicos.
Outros benefícios levantados pela pesquisa agropecuária é que a técnica possui maior facilidade no controle de doenças e no potencial produtivo da planta. "É possível uma mesma planta produzir até três anos e fora de época (a entressafra)", destacou o pesquisador Luis Eduardo Antunes.
Quem veio confirmar a receptividade da técnica da Produção Fora de Solo, foi o produtor Mário Luis Thili, de Porto Vera Cruz (RS). "Uso o Sistema recirculante (o aberto) desde maio deste ano e já tenho resultados. Possuo três mil plantas e acredito que vou ter um bom retorno", fala empolgado.

A Associação de Produtores de Morango de Turuçu tem viabilizado o desenvolvimento de técnicas a serem adotadas pelos produtores na cultura do morango no município. Existe políticas públicas também que apoiam o segmento. A lei Pró-Morango, foi criada para incentivar a produção na região. A Prefeitura Municipal compra a muda do exterior (Argentina e Chile) e revende para os produtores a 80% do valor. "Os produtores fazem o pagamento posterior, podendo ser em produção de frutos", explicou o prefeito municipal, Ivan Scherdien. Em 2013, foram plantados 446 mil pés de morango, o que totaliza 11 hectares de plantação.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Etanol Celulósico

Você já ouviu falar do etanol celulósico? É uma tecnologia que vem sendo estudada no país para se aproveitar o bagaço e as folhagens da cana-de-açúcar para produzir o biocombustível. É uma biotecnologia, envolve fungos para quebrar as moléculas mais complexas de açúcares (sacarose) para poder ser aproveitada. A principal finalidade, é aumentar a produção nacional do combustível renovável sem precisar aumentar a área plantada de cana-de-açúcar no território brasileiro.


Texto: Erli Pinto dos Santos
Vídeo: Ministério de Minas e Energia

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Em protesto, cisterna de plástico é destruída na sede da Codevasf, em Juazeiro (BA)


Cerca de 4 mil camponeses/as estão desde esta quarta-feira (16) na sede da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba – Codevasf, em Juazeiro, Bahia. A expectativa do movimento era receber a presença de algum representante do Governo Federal – conforme solicitaram em documento oficial enviado previamente à presidência da República – para realizar uma Audiência Popular do Semiárido. Na pauta da audiência estariam diversas reivindicações e denúncias ligadas à soberania alimentar, hídrica e aos direitos territoriais, sendo o sertão baiano escolhido por ser referência no desrespeito a estes direitos devido a ação de grandes empresas voltadas para o agronegócio centrado na exploração do potencial do Rio São Francisco.
No final da manhã, os movimentos informaram que vão continuar ocupando as dependências da 6ª Superintendência da Codevasf e pediram aos funcionários que paralisassem suas atividades. Para o Superintendente da Codevasf, Emanoel Lima, o movimento é legítimo, mas “esta agenda devia ser marcada em Brasília, porque a 6ª Superintendência não tem autonomia financeira, nós só agimos de acordo com as deliberações da presidência e as deliberações do Planalto”, defendeu-se.
Considerando que o governo não tem ouvido o povo, é que uma das pautas que tem sido destaque é a reivindicação da construção de cisternas de placas, o que vem sendo feito em diversos municípios pelo Ministério do Desenvolvimento Social, através da Articulação do Semiárido – ASA, mas que por outro lado a Codevasf e outros órgãos vem gastando altos recursos com a implantação das cisternas de plástico polietileno, através do Ministério da Integração Nacional. Em ato simbólico, utilizando-se de ferramentas de trabalho, camponeses/as destruíram uma das caixas de polietileno que o governo chama de cisterna e vem sendo implantada no Semiárido desde o ano passado. Para uma das integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) do estado de Sergipe, Rafaela Alves, “a política de Convivência com o Semiárido precisa ser construída, mas deve ser de acordo com as observações do povo”.
Maria Casé, da Coordenação do Movimento no estado do Piauí, reforça que esta ação também denuncia uma afronta das grandes empresas à sociedade, a exemplo da Agrovale, que “representa o maior consumo de água da região. Ela consome por dia o equivalente a população de Juazeiro, Petrolina e Casa Nova juntas e paga 89 vezes menos. Isso é um crime, isso é um atentado aos direitos camponeses, aos direitos humanos, é um roubo e por isso nós não podemos sair daqui sem uma resposta do Governo Federal”, pontua.
Jornada Nacional de Lutas
A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas por Soberania Alimentar que teve início no dia 14 e vai até o dia 18. No Vale do São Francisco, na madrugada de segunda (14) para terça (15), cerca 2.500 pessoas ocuparam a 36ª Unidade de Pesquisa da Monsanto no Brasil, situada no Projeto Nilo Coelho, em Petrolina (PE). Na ocasião, as/os trabalhadores/as arrancaram parte de plantios transgênicos e plantaram sementes crioulas no local como forma de denunciar o modelo de produção que a multinacional sustenta, baseado em agrotóxicos (veneno), na disseminação de sementes transgênicas e diversas outras formas de agressão ao meio ambiente e à saúde da população que, direta ou indiretamente, é vítima de sua ação nociva.
Permanecem na sede da Codevasf camponeses e camponesas de diversos municípios baianos e de 12 estados, sendo: integrantes de movimentos sociais da Via Campesina como o MPA, Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), e integrantes de outras organizações sociais, a exemplo da Articulação Estadual e Regional de Fundo e Fecho de Pasto, Levante Popular da Juventude, Sindicato dos Trabalhadores/as Rurais de Sobradinho e Remanso, Grupo de Agroecologia Umbuzeiro, Irpaa, ASA, Articulação Popular São Francisco Vivo, entre outros.

Texto e Fotos: Comunicação Irpaa

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Secretaria de Agricultura de Campo Formoso lança Programa Pró-Bode

No último domingo, dia 06 de outubro, a equipe da Secretaria de Agricultura esteve na comunidade de Belas dando suporte aos agricultores familiares e lançou o Programa Pró-Bode.
Pró-Bode é um programa de iniciativa da Prefeitura Municipal de Campo Formoso, através da Secretaria de Agricultura, Reforma Agrária, Irrigação e Meio Ambiente, visando a melhoria e desenvolvimento do rebanho de caprinos e ovinos dos agricultores familiares do município.
Apesar da grande quantidade de animais criados no município, o pequeno produtor tem dificuldade com a criação pela falta de uma alimentação adequada. Tendo em vista essas dificuldades, o Programa Pró-Bode foi criado para trabalhar com cada produtor, dando-lhes assistência técnica e desenvolvendo projetos para que se tenham melhores resultados na produção de carne, leite e pele, oferecendo um apoio ao pequeno produtor.
O Programa tem início com o manejo sanitário, fornecendo informações desde a cria, recria e engorda. A Secretaria de Agricultura fornece e aplica vermífugos sem custos ao produtor para tratar o rebanho, sendo essa a patologia de maior incidência.
No decorrer do programa, serão implantadas técnicas alternativas de forrageiras para a convivência com a seca e fornecimento de um alimento de melhor qualidade. Após melhorias sanitárias e alimentares, o Programa irá continuar com o melhoramento genético – que será feito com aquisição de reprodutores de raças puras, e fornecimento aos criadores em épocas de cobertura – e comercialização. A carne e o leite de caprinos e ovinos serão inseridos na alimentação escolar, fornecendo uma fonte protéica de qualidade para os estudantes, pegando o gancho no Programa de Aquisição de Alimentos do Governo Federal, com isso diminuirá os entraves com a comercialização e obterá a valorização do produto.
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Reportagem 
Assessoria de Comunicação da PMCF

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Doença do mormo: Paraná registra caso de mormo em eqüideos, e deixa de ser zona livre da doença

Mormo é uma doença contagiosa causada por uma bactéria, e que acomete em eqüídeos (asininos, muares e equinos), pode também acometer o homem.
Os sintomas são vários, desde nasais, pulmonares e cutâneos. Na forma pulmonar, é mais comum em cavalos e pode causar pneumonia crônica com úlcera na pele dos membros e na mucosa nasal. Cutânea acontece nódulos e úlceras na parte interna dos membros, pode ocorrer também uma secreção amarelada escura. A forma nasal, acontece principalmente febre alta, tosse e descarga nasal com úlcera nas narinas.
A transmissão acontece de animal para animal, através do contato com a secreção (pus).
Como não há tratamento e nem vacinas eficazes contra a doença, o recomendado é sacrificar os animais diagnosticados positivo com o teste oficial, e desinfectar todo o material que esteve em contato com os animais doentes.
Texto: Erli Pinto dos Santos

Globo Rural: Dois casos de mormo, doença contagiosa que aparece em equinos, foram confirmados no Paraná. Alguns eventos tiveram que ser cancelados já que o Estado deixou de ser considerado área livre da doença.
Os animais doentes são da fazenda em Paraíso do Norte, na região noroeste do Paraná. De acordo com a SEAB, os casos foram descobertos depois da venda de um dos animais da propriedade em um leilão virtual para o Nordeste. O animal precisou ser submetido a exames para ser transportado para outro Estado. Como o resultado dos testes não foi conclusivo, a propriedade começou a ser monitorada. Duas éguas foram diagnosticadas com a doença.
O Estado deixa de ser área livre de mormo, doença contagiosa que pode ser transmitida para o homem. “Causa um tipo de uma gripe muito forte com catarro e pneumonia. Podem ter lesões de pele e levam à morte do animal”, diz Carlos costa, chefe da Agência Agropecuária do Paraná. (...).

Links interessantes
Anemia Infecciosa Equina, Influenza Equina e Mormo – MAPA: Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/programa%20nacional%20sanidade%20dos%20equideos/doenca_equideos_F1.pdf>. Acesso em: 10/10/2013.


Paraná confirma casos de mormo em fazenda do noroeste do Estado; Reportagem do Globo Rural no dia 08/102013: Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/agronegocios/vida-rural/noticia/2013/10/parana-confirma-casos-de-mormo-em-fazenda-do-noroeste-do-estado.html>. Acesso em: 10/10/2013.

Plano ABC Nacional visa reduzir emissão de gás carbono na agricultura familiar

Recuperação de pastagens degradadas, crescimento da área de plantio direto, ampliação da fixação biológica de nitrogênio e, mais especificamente em relação à agricultura familiar, tratamento de dejetos de animais e aumento da integração lavoura-pecuária-floresta. Estas são as principais ações previstas no Plano Setorial para Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura, conhecido como Plano ABC Nacional.
O Plano, que será executado em parceria pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), integra a Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC). A PMNC prevê a criação de uma série de planos setoriais com vistas à redução de 36,1% a 38,9% nas emissões de dióxido de carbono (CO2), no País, até 2020. O compromisso foi assumido pelo Brasil, em dezembro de 2009, durante a 15ª Conferência das Partes (COP-15), realizada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), em Copenhague, na Dinamarca.
“O Plano ABC Nacional é o plano setorial da agricultura, ou seja, a contribuição do setor, no âmbito da PNMC, para a redução das emissões de CO2. E contempla uma série de ações e de boas práticas que são voltadas a reduzir a emissão de carbono nas atividades agropecuárias. São atividades que dizem respeito tanto à agricultura não familiar como familiar”, explica o assessor do Gabinete do MDA, Marco Pavarino. 
Tratamento de dejetos animais
O tratamento de dejetos animais é uma das ações previstas no Plano ABC Nacional que mais diz respeito à agricultura familiar, na medida em que algumas áreas do País, em especial a Região Sul, são grandes produtoras de aves e suínos. As atividades são geradoras de grande quantidade do gás metano, um dos que mais contribui para o aumento do efeito estufa, ou seja, o aquecimento global.
“É importante lembrar que o metano tem um potencial 23 vezes maior que o CO2 de causar o aquecimento global. Então, a agricultura familiar na Região Sul tem um papel muito importante na redução dessas emissões”, enfatiza Pavarino, também assessor do Gabinete do MDA para temas ambientais. 
Biogás como fonte de renda
O objetivo do Plano ABC Nacional é garantir o aperfeiçoamento dos sistemas e práticas de uso e manejo sustentável dos recursos naturais, que promovam a redução das emissões de gases de efeito estufa e também aumentem a fixação de CO2 na vegetação e no solo usado pela agricultura brasileira.
Uma de suas metas mais importantes para a agricultura familiar é a ampliação do uso de tecnologias para tratamento de 4,4 milhões de metros cúbicos de dejetos animais para geração de energia (biogás) e produção de composto orgânico, além de implementar ações de adaptação às mudanças climáticas.
“Uma das propostas do Plano é que o tema ambiental seja equacionado, gerando renda para o agricultor, especialmente o agricultor familiar. E o biogás pode ser uma fonte importante de renda para o produtor. Seja para ele usar internamente na propriedade, seja para gerar energia e, posteriormente, até vendê-la”, diz Marco Pavarino.
Metas do Plano
A Portaria Interministerial 984, criando o Plano ABC Nacional, foi assinada pelos ministros Pepe Vargas (MDA) e Antônio Andrade (Mapa) e publicada na edição desta quarta-feira (9), do Diário Oficial da União. Dentre suas metas destacam-se a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e o aumento da adoção de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta e de sistemas agroflorestais em quatro milhões de hectares.
A portaria também prevê a ampliação do uso do sistema de plantio direto em oito milhões de hectares, a ampliação da fixação de nitrogênio em 5,5 milhões de hectares e a promoção de ações de reflorestamento de três milhões de hectares no País de áreas destinadas à produção de fibras, madeira e celulose.
“As atividades desse plano não serão coordenadas, exclusivamente, pelo Governo Federal; têm de ter, necessariamente, uma participação dos governos estaduais e também dos municípios. O MDA se insere nesse sistema de governança através de suas áreas específicas, como, por exemplo, o Departamento de Agregação de Valor e Renda (Degrav), da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF)”, ressalta, ainda, Pavarino. Ainda de acordo com ele, agora os dois ministérios deverão criar, em até 90 dias, uma comissão executiva nacional para coordenação conjunta das ações de implementação do Plano ABC Nacional.

Rui Pizarro 
(61) 2020 0225/ (61) 2020 0262 



Confirmada a realização do SemiáridoShow 2013


O evento, que acontece a cada dois anos na cidade de Petrolina (PE), é realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Mais uma vez, a exemplo da edição de 2011, conta com a parceria do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). Dessa forma, são unidos o acúmulo de conhecimentos ao longo de 40 anos da empresa pública com vistas ao desenvolvimento da agropecuária no país, e a ampla experiência da organização não governamental na busca de alternativas viáveis para melhorar a vida do povo do sertão.

Confirmada a realização do SemiáridoShow 2013A grande feira voltada para agricultores/as familiares de áreas dependentes de chuva do Nordeste tem uma nova edição confirmada para o ano de 2013. Durante os dias 29 de outubro a 1º de novembro o SemiáridoShow estará aberto a produtores/as, técnicos/as, estudantes e todos/as os/as interessados/as em conhecer tecnologias que proporcionam uma melhor convivência com as características peculiares de solo e clima da região.
Como tema deste ano estão os elementos essenciais para a convivência com o Semiárido: “Terra, Água e Tecnologias para a produção de alimentos”. No campo estarão expostos os frutos de décadas de pesquisas desenvolvidas pela Embrapa e outras instituições. Entre eles, alternativas para um melhor aproveitamento da água –, a exemplo das tecnologias de captação, armazenamento e uso de água de chuva.
“Chegamos a questionar a viabilidade de se fazer um evento como esses em um ano tão seco, em que estamos enfrentando uma das maiores estiagens dos últimos 50 anos. Mas entendemos que, exatamente por isso, é tão importante essa iniciativa. É uma oportunidade de mostrarmos aos produtores que existem soluções interessantes e viáveis, e que é possível se preparar para enfrentar períodos difíceis como esse”, afirma o Chefe-Geral da Embrapa Semiárido, Natoniel Franklin de Melo.
A feira será apoiada por diversas empresas e instituições do setor privado e não governamentais, além de órgãos dos governos municipais, estaduais e federal. Entre os ministérios que já têm recursos assegurados estão o do Desenvolvimento Agrário, do Trabalho e Emprego, da Integração Nacional e do Meio Ambiente, além do Desenvolvimento Social, que tem contribuído com o evento vinculando-o às ações do Plano Brasil Sem Miséria, que de forma semelhante leva tecnologias para produtores/as familiares que vivem abaixo da linha da pobreza – público também abrangido no SemiáridoShow.
Para possibilitar o acesso dos/as produtores/as de outros municípios e estados no entorno da região de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), associações e sindicatos começam a se organizar junto às prefeituras e à coordenação da feira para formar caravanas, programadas para participar durante um dia inteiro das atividades que integram a programação do evento.
Para Tiago Pereira, colaborador do IRPAA e um dos coordenadores da feira, essa é uma importante oportunidade para que os/as produtores/as possam integrar seus conhecimentos oriundos de experiências do cotidiano com as demonstrações tecnológicas que serão apresentadas. “Eles levam elementos que vão facilitar a estruturação e a qualificação das suas atividades produtivas no meio rural”, destaca.

Serviço:
O que: SemiáridoShow 2013
Quando: 29 de outubro a 1º de novembro
Onde: Embrapa Produtos e Mercados – Petrolina (PE)
Contatos: Embrapa Semiárido – (87) 3866-3600 e 3861-4442 / IRPAA – (74) 3611-6481 e 3612-8786


Mais informações:

Embrapa Semiárido
Fernanda Birolo – Jornalista (MTb/AC 81)

Marcelino Ribeiro – Jornalista (MTb/BA 1127)

(87) 3866-3734

IRPAA
Karine Silva - Jornalista
(74) 9962 5350

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Agricultores estão proibidos de plantar feijão em propriedades do DF

Medida tem objetivo de evitar prejuízos causados pelo mosaico dourado.
Emater avalia em R$ 15 milhões o valor das perdas na última safra de feijão.
A Emater estima em R$ 15 milhões o valor das perdas na última safra de feijão do Distrito Federal causadas pela incidência de uma doença chamada mosaico dourado. Para evitar prejuízos na próxima colheita, os agricultores estão proibidos de plantar as sementes.
Na fazenda Nova Aliança, em Planaltina, no Distrito Federal, estão preparados 521 hectares para o plantio do feijão. O produtor Helio Dalbello espera que a próxima safra seja bem melhor em relação à passada. Na época, a lavoura do vizinho estava infestada por uma praga. “Ela pulou a cerca e veio para o meu feijão. Aí contaminou todo o meu feijão e eu perdi”, diz Dalbello.
A mosca branca se alimenta da seiva da planta e transmite um vírus que causa a doença chamada mosaico dourado. Ela deixa as folhas amareladas e impede o desenvolvimento do feijão. Para evitar a doença, todos os agricultores do Distrito Federal estão proibidos de manter feijão plantado na propriedade. O chamado vazio sanitário, que começou no dia primeiro e termina no dia 20 de outubro, pode reduzir população de mosca branca contaminada pelo vírus do mosaico.
"Ele vai reduzir porque agora, neste período de primeiro a vinte de outubro, não há um meio de desenvolvimento, não há um meio de cultura da planta contaminada pelo mosaico dourado. Então, a mosca não vai se contaminar, não vai poder se alimentar da planta contaminada pelo vírus do mosaico dourado”, explica Lara Souza chefe de Sanidade Vegetal do Distrito Federal.
Os fiscais da Secretaria de Agricultura visitam as propriedades e já encontraram produtores que não respeitam a regra. “Os produtores foram notificados. Aqueles que não cumpriram estão sujeitos a serem autuados. A multa começa a partir de R$ 15 mil e pode atingir até R$ 50 mil. Em casos mais graves, ele pode ter até a destruição da lavoura”, alerta Adaílton Guimarães, fiscal da Secretaria de Agricultura do Distrito Federal.

O vazio sanitário para o feijão também foi estabelecido no noroeste de Minas Gerais, com o mesmo período do Distrito Federal.

Reportagem do Globo Rural. 

sábado, 5 de outubro de 2013

Um milhão de Árvores na CAATINGA - Parceria PMI, SEMAGRI, HUMANA

Na ultima sexta-feira (04), a Prefeitura Municipal de Itiúba – BA, por intermédio da SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA, dou para ONG HUMANA POVO PARA POVO BRASIL, 100 mudas de diversas arvores nativas e exóticas para contribuir com o projeto 1 milhão de arvores, projeto este que visa o plantio e manutenção de 1 milhão de arvores na região semiárida. 
"Desde já a Humana Brasil em nome do Projeto UM MILHÃO DE ÁRVORES agradece a  parceria e a preocupação da Secretaria de Agricultura de Itiúba pelo reflorestamento e bem estar do meio ambiente."