Muito
se utiliza na economia, a célebre frase: se te devo um mil reais, você está em
minhas mãos, porém, se te devo um milhão de reais, você está em minhas mãos.
Pois
bem, fazendo-se uso dizer “popular” em suma podemos lançar-lhes mão para
explicar certos fatos ocorridos e decorrentes nas linhas de mercado do
agronegócio do nosso país. Refiro-me dessa forma às recentes acontecimentos no
mercado de carne no mundo. De um lado, deixado de mão, os E.U.A., principal
fornecedor até então da Rússia, e de outro lado, na atualidade, o Brasil e
Argentina como maiores exportadores de carne bovina (principalmente) para a
Rússia, e a própria como principal importador de tal produto.
Atento-me
à fragilidade do mercado interno, e a falta de favorecimento para fazer surgir
um mercado interno e aguçar cada vez mais esse mercado.
Após
as manifestações estadunidenses quanto à intervenção russa no território ucraniano,
indo de contra a intenção russa, fazendo com que a Rússia tomasse medidas
comerciais, tornando fechadas às portas internas para o produto oriundo dos
Estados Unidos e abrindo-se assim, as portas para os exportadores Latinos,
Brasil e Argentina respectivamente.
Tal
ação por parte do governo russo, tem provocado entusiasmo e ânimo nos
pecuaristas brasileiros, de tal forma que a afirmação se fundamenta nos preços
do Boi Gordo registrados pelo CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada) nos últimos meses, onde os preços da arroba (@) do animal vem
registrando recordes de R$ 129,00, R$ 130,00 a cada dia, e isso tem chamado
cada vez mais atenção de criadores. Consequentemente vem-se incorporando investimentos
nas áreas de pecuária. A alta no preço do boi gordo vem influenciando inclusive
no preço das novilhas, as quais a carne é geralmente menos valorizada, pelo
fato de serem abatidas mais velhas que os machos; é o que mostra a reportagem
do Globo Rural: Alta na Arroba do Boi Impulsiona Aumento no Preço das Fêmeas.
Não
se pode deixar nas mãos de um único mercado consumidor, toda uma produção,
ainda mais, sendo uma produção representativa e que tem uma grande importância
não somente econômica, porque a geração de empregos está atrelado ao setor e
quebras nele pode acarretar em prejuízos sociais. Olho aberto, e induções na
formação de um mercado consumidor interno também, para que possa ser alcançado
um nível de seguridade na manutenção do setor. Não me admire que daqui alguns
meses, possa ocorrer uma reversão e a quebra da economia pecuária.
Texto de: Erli Pinto dos Santos
Técnico em Agropecuária
Graduando em Eng. Agronômica –
UEFS
(74) 9196-6275
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