Todos os dias, chegam à região cerca 20 caminhões
carregados com milho.
Avicultores pagam menos do que comprar de outros estados brasileiros.
Avicultores pagam menos do que comprar de outros estados brasileiros.
Do Globo Rural
Os criadores de frango de Toledo, no oeste
do Paraná, estão alimentando as aves com ração importada do Paraguai. Com a
falta de milho na região, cooperativas e indústrias precisaram buscar o grão no
país vizinho. Sai mais barato fazer a importação do que comprar de outros
estados brasileiros.
Os grãos que o caminhoneiro Everaldo Demozzi
descarregou na fábrica de ração percorreram aproximadamente 270 quilômetros de
Laranjal, no Paraguai, até Toledo, no oeste do Paraná. Mas ainda há muito milho
para ser transportado.
Todos os dias, chega do país vizinho uma média de
20 caminhões carregados com milho. A empresa comprou 60 mil toneladas do grão.
A opção pelo produto paraguaio se dá pela falta de milho para a venda no oeste
do Paraná, grande produtor de grãos. após a estiagem que arrasou a safra dos
Estados Unidos, foi exportado um grande volume de grãos. Assim, não há milho
para abastecer as indústrias brasileiras.
O produto nacional e o importado têm o mesmo preço.
A única diferença é a distância entre as propriedades. “Nós tínhamos as
alternativas de trazer do Mato Grosso, a dois mil quilômetros de logística, com
mais ICM embutido, ou buscar no Paraguai, a 250 quilômetros da logística. No
sistema brasileiro de importar e exportar produtos não tem impostos como o
ICM”, diz Roberto Kaefer, diretor da agroindústria.
Os produtores dizem a qualidade da ração é a mesma.
Os frangos continuam crescendo e atingindo um peso médio de três quilos. “A
qualidade da ração é boa e os frangos estão convertendo bem”, diz o avicultor
Aurélio Borges.
O avicultor Aurélio Borges, que está alojando 14
mil frangos, ganha a ração da fábrica. Por isso, o custo não mudou na
propriedade. Mas a diferença é notada no valor recebido pela venda dos animais.
No ano passado, época em que a avicultura passou por uma forte crise, a
indústria pagava um valor menor aos criadores.
O diretor da agroindústria Globoaves, Roberto
Kaefer, está confiante numa reação do setor este ano. Ele credita isso à
diminuição dos custos de criação e ao abate de matrizes no ano passado, o que
irá evitar uma superprodução agora. Com isso, os preços devem se manter mais
valorizados.
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